Mercosul

Lula se reúne com presidente da Argentina para discutir comércio

Junto da equipe econômica, líderes debatem financiamento a empresas brasileiras que exportam produtos para o país vizinho. Participam do encontro ministros da área econômica, além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

Henrique Lessa
postado em 02/05/2023 17:58 / atualizado em 02/05/2023 18:55
 (crédito: Ricardo Stuckert/ PT)
(crédito: Ricardo Stuckert/ PT)

O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) recebe, nesta terça-feira (2/5), no Palácio da Alvorada, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, para discutir o financiamento de exportações de empresas brasileiras que vendem para o país vizinho. A reunião contará com uma participação expressiva de ministros de Estado, não apenas da área econômica, assim como do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que já chegou ao Palácio da Alvorada.

A viagem de Fernández ocorre em meio a crise econômica na Argentina, que enfrenta inflação superior a 100% ao ano, uma escassez de dólares e a pior seca em quase 100 anos. Durante a visita, os dois chefes de Estado devem tratar de mecanismos para financiar o comércio brasileiro para a Argentina.

Na viagem que realizou para a Argentina em 23 de janeiro, Lula chegou a propor a criação de uma moeda digital comum voltada apenas para as trocas comerciais do Mercosul. 

Mais de 200 empresas brasileiras exportam produtos para a Argentina — que é o principal parceiro comercial do Brasil na região —, em especial produtos do setor industrial brasileiro, que tem um maior valor agregado. Sem mecanismos que facilitem as exportações brasileiras para o parceiro, o país tem perdido espaço na balança comercial. Ano passado foram exportados para o vizinho 15,3 bilhões de dólares, uma década antes, o volume exportado era de quase US$ 20 bilhões.

BNDES

A presença do presidente do BNDES no encontra sinaliza que o governo brasileiro deve realmente reeditar o papel do banco como financiador de exportações brasileiras como já aconteceu nas administrações anteriores do petista, quando o banco foi o financiador de diversas obras de engenharia realizadas por empresas brasileiras nos países da América Latina e África. Os valores seriam garantidos pelo Fundo Garantidor das Exportações (FGE).

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