OPERAÇÃO VENIRE

Bolsonaro chora ao falar sobre cartão de vacinação de Michelle

Ex-presidente concedeu entrevista para a Jovem Pan e se emocionou ao falar sobre a imunização da ex-primeira-dama e da sua filha mais nova, Laura Bolsonaro

Estado de Minas
postado em 03/05/2023 15:22 / atualizado em 03/05/2023 15:25
 (crédito: Reprodução/Jovem Pan)
(crédito: Reprodução/Jovem Pan)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se emocionou ao falar sobre o cartão de vacinação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em entrevista ao Programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (3/5). Ele confessou que não se vacinou contra a covid-19 e afirmou que apenas sua mulher foi imunizada com a dose única Janssen, durante uma viagem para os Estados Unidos em 2021.

Bolsonaro afirmou que os agentes tiraram foto do cartão de vacina de Michelle, sob a suspeita de fraude. "Ela passou mal logo na volta para o Brasil. No ano passado (2022) voltou a ter uma crise e o médico falou que era por causa da vacina, mas tudo bem", disse o ex-presidente que continuou justificando o cartão de vacina da sua filha mais nova, Laura Bolsonaro.

"Quando a Anvisa falou que ia abrir a vacina para crianças de 5 a 12 anos, eu liguei e falei: ‘Mas aqui está como possíveis efeitos colaterais, entre outros, palpitação, dor no peito e falta de ar, e que a recomendação é procurar o médico’. O que o médico faria para conter uma falta de ar? E falaram que não sabiam. Então falei que minha filha não iria tomar uma vacina que ainda é experimental", explicou Bolsonaro que ressaltou um atestado que dispensa a filha de ser vacinada.

O ex-presidente também afirmou que é inocente sobre as alegações de fraude e disse que as recentes investigações contra sua pessoa são uma perseguição. “Eu chamo de operação para te esculachar. Podia perguntar sobre vacina pra mim, sobre cartão, eu respondia sem problema nenhum. Por que eu fico emocionado? Mexer comigo, sem problema, agora quando vai para esposa, filho”.

Na manhã, a Operação Venire cumpriu 26 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisões preventivas, cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro. As diligências buscam esclarecer a ação de associação criminosa criada para prática dos crimes de implantação de dados falsos de vacinação contra a covid-19.

O tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, dois assessores especiais, seguranças do ex-presidente Bolsonaro, e um ex-secretário de saúde do RJ foram presos. Segundo a Polícia Federal, os fatos configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Durante seu governo, Bolsonaro chegou a colocar seu cartão de vacinação sobre sigilo de 100 anos, argumentando que se tratava de informação pessoal, mesmo ele afirmando que não teria se vacinado contra a covid-19. Em fevereiro, a Controladoria-Geral da União informou que havia iniciado uma investigação preliminar sigilosa para apurar "adulteração do cartão de vacinação".

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