Celso Amorim está a caminho da Ucrânia para conversar com Zelenski, afirma Lula

A meta é de que, no dia 10, Amorim se encontre com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski para discutir um plano de paz defendido pelo governo brasileiro

Vicente Nunes - Correspondente

postado em 06/05/2023 17:02 / atualizado em 06/05/2023 17:29

(crédito: Reprodução/Instagram @lulaoficial - Ricardo Stuckert/PR)

Londres — O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, já está a caminho da Ucrânia, informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-chanceler deixou a capital inglesa neste sábado (06/05), depois da coroação do rei Charles III, de trem. Ele fará uma parada em Paris. A meta é de que, no dia 10, Amorim se encontre com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski para discutir um plano de paz defendido pelo governo brasileiro. O ex-chanceler já teve a mesma conversa com o presidente russo, Vladimir Putin.

Lula, que falou sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e do qual ouviu que a saída de russos de territórios ucranianos é condição inegociável, comparou as costuras necessárias para uma trégua no conflito a palavras cruzadas. “Essas conversas são que nem palavras cruzadas. Vamos juntando as conversas e veremos quais palavras permitirão que as pessoas sentem ao redor de uma mesa. Mas, para isso, as pessoas têm que parar de atirar. Esse é o meu dilema”, afirmou.

• Lula pretende criar grupo de trabalho Brasil-Inglaterra
• Lula diz que R$ 500 milhões ofertados pelo governo britânico a Fundo da Amazônia são insuficientes
• Para Lula, "aquele cidadão do BC não tem compromisso com o país, mas com o outro governo"

O presidente contou que aproveitou a passagem por Londres para trocar impressões com vários líderes políticos sobre a guerra. Segundo ele, houve um contato inicial com o presidente da França Emmanuel Macron, mas o tema será discutido nos próximos dias, por meio de um telefonema entre ambos. “Não é segredo o que eu quero conversar”, frisou, referindo-se à criação de uma espécie de “Clube da paz”, que reuniria pelo menos 20 países para tentar um cessar-fogo entre russos e ucranianos. “Também quero conversar com (o premiê da Índia, Narendra) Modi”, afirmou.