CASSAÇÃO

"Inelegibilidade imaginária", diz Deltan Dallagnol, condenado pelo TSE

Ex-coordenador da Operação Lava-Jato perdeu o cargo, após a Justiça Eleitoral entender que ele deveria ser barrado pela Lei da Ficha Limpa

Raphael Felice
Mariana Albuquerque*
postado em 17/05/2023 16:43 / atualizado em 17/05/2023 16:54
Dallagnol disse, ainda, que
Dallagnol disse, ainda, que "não se arrepende de ter lutado pela justiça" e que a Lava-Jato"deu a esperança de que as coisas seriam diferentes" - (crédito: Reprodução/TV Câmara)

O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (17/5), que foi condenado de maneira injusta pelo Tribunal Superior Eleitoral  (TSE). Segundo o ex-coordenador da Operação Lava-Jato, há uma "inelegibilidade imaginária" e que o julgamento é uma retaliação por conta do seu trabalho na força-tarefa. 

Dallagnol disse, ainda, que "não se arrepende de ter lutado pela justiça" e que a Lava-Jato"deu a esperança de que as coisas seriam diferentes". A declaração foi dada no salão verde, da Câmara dos Deputados."O que aconteceu ontem no TSE inventaram inegibilidade imaginária para me cassar. O sistema de corrupção, os corruptos,e seus amigos estão em festa. Gilmar Mendes está em festa, Beto Richard, Aécio Neves, Eduardo cunha estão em festa. Eu perdi meu contato porque combati a corrupção. Hoje é um dia de festa aos corruptora e para Lula", disse.

Cassado por unanimidade

Na noite de ontem, o plenário do TSE cassou, por unanimidade, o mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol. Pela decisão dos ministros, os votos recebidos pelo ex-coordenador da Operação Lava-Jato serão destinados ao seu partido. Os magistrados seguiram o entendimento do relator Benedito Gonçalves. Ainda cabe recurso.

A ação foi apresentada por partidos que argumentam que o parlamentar deveria ser barrado pela lei da ficha limpa, ao ter deixado a carreira de procurador tendo pendentes processos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). No relatório, o ministro afirmou que Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador para evitar uma eventual punição administrativa, que poderia deixá-lo inelegível.

 

*Estagiária sob a supervisão de Luana Patriolino

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