INVESTIGAÇÃO

Atos antidemocráticos: STF autoriza investigação de presidente da CPI do MST

Ministro Alexandre de Moraes destacou suposta participação de deputado Tenente Coronel Zucco em atos golpistas após as eleições de 2022

Luana Patriolino
postado em 23/05/2023 21:15
 (crédito: Reprodução/Câmara dos Deputados)
(crédito: Reprodução/Câmara dos Deputados)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a Polícia Federal siga com as investigações a respeito da suposta participação do deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) em atos golpistas. O caso está na Suprema Corte após encaminhamento do Ministério Público Federal (MPF), pois o bolsonarista possui foro privilegiado.

Zucco é o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST — que apura a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra — instaurada nesta terça-feira (23/5) na Câmara dos Deputados. No despacho, Moraes destaca que deve ser verificada se o bolsonarista “estaria perpetrando crimes mediante patrocínio e incentivo a atos antidemocráticos, seja em território gaúcho, seja na cidade de Brasília/DF”.

Cortou fala de deputada

O deputado Zucco cortou o microfone da deputada Sâmia Bomfim (PSol-RJ), nesta terça-feira, durante a CPI do MST. Ela lia notícia de que seu nome foi incluído na investigação da Polícia Federal sobre os atos antidemocráticos e ainda teria mais 30 segundos de fala. O parlamentar alegou "questão de ordem" para que não houvesse injúrias contra integrantes do Legislativo no colegiado.

"Acabou de sair a notícia que o Moraes autoriza a Polícia Federal a retomar a investigação do presidente da CPI do MST pela participação nos atos antidemocráticos. Que até agora o senhor estava dizendo que era mentira", disse Sâmia, quando foi cortada.

Zucco rebateu dizendo que a inclusão de seu nome na investigação não era “pauta da CPI”. "Nós não vamos permitir ataques pessoais. Sobre essa nota que a senhora falou, já tinha sido publicada. Isso não é pauta dessa CPI", afirmou.

 

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