Ainda no começo da reunião de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá apurar os atos terroristas de 8 de janeiro, uma confusão tomou conta do plenário. O presidente da audiência de instalação da CPMI dos atos golpistas, senador Otto Alencar (PSD-BA), pediu silêncio e organização. Marcos do Val (Podemos-ES) logo interrompeu, pedindo por tempo de fala, por estar representando a liderança do partido.
“Tem que ter um ofício, autorizando vossa excelência. Mas como presidente, concederei o tempo de cinco minutos”, rebateu Alencar.
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Após a fala, Do Val seguiu falando e Alencar “deu uma bronca” no parlamentar. “Senador Marcos do Val, o regimento não permite vossa excelência interromper. Todos ouviram vossa excelência, pode cortar o som do Marcos do Val aí”, ordenou.
“Vossa excelência falou e todos lhe ouviram. Todos ouviram. Vossa excelência não tem a palavra. Senador, vossa excelência está sendo antiético, interrompendo seu colega, ninguém lhe interrompeu. Sei da sua procedência da polícia, mas aqui e Senado, não é delegacia de polícia, vossa excelência se mantenha calado. Se comporte como senador”, continuou Alencar em meio a gritos de Do Val.
Os parlamentares também discutiram o fato de proposta da CPMI ter dois vice-presidentes, colocando base e oposição em postos de destaque. A oposição queria Magno Malta (PL-ES) como segundo vice, após Cid Gomes ter seu nome anunciado. A indicação, no entanto, causou polêmica no plenário por não estar prevista no regimento.
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