Congresso Nacional

Marina: governo vive momento de "contradições" após esvaziamento de pastas

Em evento do ICMBio, ela afirma que Lula sofre pressões de parlamentares que querem transformar governo dele no de Jair Bolsonaro (PL)

Tainá Andrade
postado em 25/05/2023 19:30 / atualizado em 25/05/2023 19:30
 (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMAMC), Marina Silva, classificou o esvaziamento da pasta dela, que ocorre após o avanço da Medida Provisória (MP) da Estruturação da Esplanada dentro do Congresso Nacional, significa um momento "de muitas contradições". O instrumento tem como objetivo remodelar o desenho dos ministérios feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) quando tomou posse.

Em meio à aprovação do arcabouço fiscal, o governo incentivou a sua bancada a votar pela aprovação da MP. Ainda assim, Marina não demonstrou ressentimento com o presidente e chegou a defender Lula durante evento de posse do presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Mauro Pires, nesta quinta-feira (25/5). 

“Temos uma contradição que não depende da nossa vontade, o mesmo presidente Lula que reestabeleceu o Comitê de Busca para que nós tivéssemos aqui uma pessoa como o Mauro Pires, que é um funcionário de carreira, é o mesmo presidente Lula que no dia 1º de janeiro, dos dez decretos assumidos, assinou cinco na área ambiental pela prioridade que ele dá a essa agenda. Está vivendo a pressão daqueles que querem transformar o governo do presidente Lula no governo do Bolsonaro e estamos fazendo todos os esforços para que isso não aconteça”, explicou.

Lula agendou uma reunião para sexta-feira (26) com Sonia Guajajara e Marina Silva, as duas ministras que terão as pastas desidratadas pelas novas regras impostas na MP. O pedido do encontro foi feito pela ministra dos Povos Indígenas (MPI), segundo a assessoria dela, que terá a demarcação de terras indígenas retirada do guarda-chuva de atribuições. A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação (Secom) do Planalto e do MPI.

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