Lula fará reunião com Marina e Sônia Guajajara após Centrão desidratar pastas

Os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas são os mais afetados diretamente pela proposta de reorganização dos ministérios do governo Lula

Tainá Andrade

postado em 25/05/2023 16:03 / atualizado em 25/05/2023 17:42

Marina Silva e Sônia Guajajara - (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende se reunir com as ministras Marina Silva e Sônia Guajajara, do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, respectivamente, na sexta-feira (26/5). A informação é da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Ambas estão lidando diretamente com a Medida Provisória (MP) da reestruturação dos Ministérios.

A solicitação para a reunião partiu da ministra Sônia Guajajara, segundo confirmou ao Correio a assessoria do Ministério dos Povos Indígenas.

Os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas são os mais afetados diretamente pela proposta de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), de reorganização dos ministérios do governo Lula. Na quarta-feira (24/5), a comissão mista aprovou a proposta por 15 votos a favor e 3 contra.

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A proposta, pede a transferência da Agência Nacional de Águas (ANA) para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional; do Cadastro Ambiental Rural para o Ministério da Gestão e a transferência da gestão dos resíduos sólidos para o Ministério das Cidades. Todos sob comando, atualmente, do Meio Ambiente.

O Ministério dos Povos Indígenas também terá mudanças, com a retirada da demarcação de terras sai da pasta e volta para o Ministério da Justiça.

Lula deve se encontrar com as duas ministras ainda na manhã de sexta-feira (26/5), no Palácio do Planalto. Devem participar do encontro os ministros Alexandre Padilha das Relações Institucionais, Márcio Macedo (Secretaria-Geral), general Marcos Antonio Amaro (GSI), Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação e Rui Costa, da Casa Civil.

Nesta quinta-feira (25/5), Marina Silva reagiu à aprovação da MP durante a cerimônia de posse do presidente do ICMBio, Mauro Pires. No discurso, a ministra falou em "resistir" à situação e comparou o cenário atual ao de um violinista que permanece tocando em um concerto após as cordas de seu instrumento estourarem e, mesmo assim, encanta a plateia.

*Com informações da Agência Estado