A Polícia Federal (PF) investiga mais cinco presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dos Emirados Árabes Unidos. As peças teriam sido incorporadas ao acervo pessoal do ex-presidente, assim como o caso das joias sauditas.
De acordo com o jornal O Globo, as peças são um relógio de mesa cravejado de diamantes, esmeraldas e rubis; três esculturas, sendo uma feita de ouro, prata e diamantes; um incensário de madeira dourada. Os valores dos objetos não foram registrados pela Presidência da República.
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Um dos objetos sob análise da PF é um relógio de mesa dado pelo príncipe dos Emirados Árabes Unidos Mohamed Bin Zayed Al Nahyan que, segundo a descrição feita pelo Gabinete de Documentação Histórica da Presidência, tem 61 centímetros de altura e foi "confeccionado em prata de lei com banho de ouro, cravejado com diamantes, esmeraldas e rubis".
Conforme O Globo, na mesma viagem Bolsonaro também ganhou uma escultura de 25 centímetros, talhada em aço, prata, ouro e diamantes, com figuras de animais. Este presente foi do vice-ministro Mansour Bin Zayed Al Nahyan.
A peça possui, de acordo com o detalhamento da Presidência da República, "árvores em prata e ouro e, no interior, representação de gazelas, órix, cavalos, bodes, cabras e flamingos em prata entre palmeiras". Já na base, há a "representação de peixes, golfinhos e tartarugas". Na parte inferior, "uma bandeira dos Emirados Árabes Unidos, em suas cores, cercada por diamantes".
Os presentes foram recebidos pelo ex-presidente em uma viagem oficial entre 12 e 18 de novembro de 2021. Na época, Bolsonaro visitou Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes; Manama, no Bahrein; e Doha, no Catar.
Segundo a reportagem, os outros três itens investigados pela PF foram entregues em 2019 pela embaixada dos Emirados Árabes no Brasil e por autoridades durante uma viagem de Bolsonaro a Abu Dhabi.
Os presentes estão na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, junto com outros presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os advogados que representam Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, negaram à reportagem qualquer irregularidade, por meio de nota, informaram que pediram ao tribunal de Contas da União (TCU) que indicasse quais objetos incorporados ao acervo privado do ex-presidente deveriam ser devolvidos, "medida absolutamente necessária, visto que o ex-presidente recebeu mais de 9 mil presentes"
Ainda segundo os advogados, "até o momento o TCU não indicou os referidos itens (os cinco presenteados pelos Emirados Árabes), que, como sempre, estiveram à disposição".
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