Investigação

Ex-assessor de Lira tinha grupo no celular sobre robótica

Segundo a investigação da PF, também estava no grupo de WhatsApp Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, empresa investigada no esquema, além de quatro outras pessoas

Victor Correia
postado em 07/06/2023 11:13 / atualizado em 07/06/2023 13:03
 (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
(crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal (PF) descobriu, no celular do ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Luciano Cavalcante um grupo de mensagens intitulado "Robótica Gerenciamento". A revelação ocorreu durante as investigações sobre supostos desvios de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envolvendo a compra de kits de robótica para escolas de Alagoas, estado de Lira.

Segundo a investigação, também estava no grupo a sócia da empresa investigada no esquema, Megalic. Luciano atuava na liderança do PP na Câmara, e foi exonerado na segunda (5/6) em meio às investigações. A informação sobre o grupo de WhatsApp foi revelada nesta quarta-feira (7) pela Folha de S. Paulo.

Empresa recebeu recursos

Além de Luciano e Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, outras quatro pessoas integravam o grupo. De acordo com a PF, o ex-assessor manteve contato com investigados sob suspeita de fazerem entregas de dinheiro vivo. Em ao menos um caso, Luciano recebeu uma quantia sacada pouco tempo antes em agências bancárias. A corporação teve acesso a imagens mostrando a suposta entrega de dinheiro sacado ao motorista de Luciano, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus.

A PF afirma que Luciano manteve contato com alguns dos investigados sob suspeita de fazerem constantes entregas de dinheiro vivo e que, em ao menos uma ocasião, foi o destinatário de quantia sacada momentos antes em agências bancárias. Fontes ligadas à PF também afirmam que 67% do orçamento para a compra do material de robótica foi enviado à Megalic.

Tanto Luciano como a Megalic negam envolvimento no esquema de desvio de recursos. Já Arthur Lira, ao comentar o caso, declarou que "cada um é responsável por seu CPF".

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