MEIO AMBIENTE

Marina Silva: mudanças do clima afetam com mais intensidade os pobres

Diálogos Amazônicos reuniu as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente; Anielle Franco, da Igualdade Racial; Cida Goncalves, das Mulheres; e a presidente da Funai, Joênia Wapichana

Ândrea Malcher
postado em 05/08/2023 16:21 / atualizado em 05/08/2023 16:24
O evento antecedente à Cúpula da Amazônia, o Diálogos Amazônicos, começou na manhã deste sábado (5/8) com a segunda plenária das cinco previstas na programação -  (crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)
O evento antecedente à Cúpula da Amazônia, o Diálogos Amazônicos, começou na manhã deste sábado (5/8) com a segunda plenária das cinco previstas na programação - (crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O evento antecedente à Cúpula da Amazônia, o Diálogos Amazônicos começou na manhã deste sábado (5/8), com a segunda plenária das cinco previstas na programação: Mulheres pelo bem viver, a justiça climática e combate à desigualdade. As ministras Marina Silva, do Meio Ambiente; Anielle Franco, da Igualdade Racial; Cida Goncalves, das Mulheres; e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana.

“Os problemas da mudança do clima afetam de forma diferente e com mais intensidade os mais pobres, o povo preto, os povos indígenas, as pessoas que foram vulnerabilizadas", afirmou Marina.

O racismo ambiental foi levantado por Anielle Franco. O conceito envolve comunidades racializadas e os locais onde elas pessoas vivem - o fato de uma comunidade de maioria negra morar em regiões de encosta, sujeitas a deslizamentos de terra, por exemplo.

A presidente da Funai refletiu a questão e destacou a importância da participação dos indígenas nos debates de preservação ambiental e mudança de clima, mas também de outros temas.

“Quando nós falamos de direito coletivo, envolve mulheres, jovens, crianças, idosos. É um ponto de ligação constitucional da Funai que é justamente voltar a lutar pela demarcação das terras indígenas. O governo Lula agora, com seis meses, a Funai já retoma principalmente esse direito central que é a demarcação das terras. É a nossa demanda prioritária", observou Wapichana.

À imprensa, Cida Gonçalves afirmou que o Ministério das Mulheres trabalha junto ao dos Povos Indígenas em um programa chamado Mulheres Guardiãs e “nós estamos discutindo a questão da Casa da Mulher Brasileira para atender também as mulheres indígenas vítimas de violência”.

“Aqui no Pará, já vamos inaugurar uma em Ananindeua. Temos um terreno aqui em Belém, e vamos ter em Marabá, Santarém e depois fazer a divisão dos territórios onde elas serão instaladas”, disse Cida.

As cinco plenárias principais dos Diálogos Amazônicos formularão relatórios que serão lidos aos líderes dos oito países que compõem a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), durante a Cúpula da Amazônia, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chega à capital paraense na próxima terça-feira (8).

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