DECLARAÇÃO

Valdemar Costa Neto diz que Bolsonaro poderia ter vendido joias no Brasil

Presidente do PL também alegou que Bolsonaro não tinha intenção de fazer "alguma coisa errada"

Valdemar Costa Neto também alegou que Bolsonaro não tinha intenção de fazer "alguma coisa errada" -  (crédito: José Cruz/Agência Brasil)
Valdemar Costa Neto também alegou que Bolsonaro não tinha intenção de fazer "alguma coisa errada" - (crédito: José Cruz/Agência Brasil)
postado em 02/11/2023 16:31 / atualizado em 02/11/2023 16:33

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro errou ao tentar vender as joias presenteadas por governos estrangeiros e desviadas do acervo da União no exterior, e afirmou que o político poderia ter vendidos os bens no Brasil. A declaração foi dada ao programa Amarelas On Air, da revista Veja, na terça-feira (31/10).

Valdemar também alegou que Bolsonaro não tinha intenção de fazer "alguma coisa errada". "O Mauro Cid fez para ele [Bolsonaro]. Isso não tem ilegalidade porque a joia era dele. Eles não deviam ter discutido isso na época, deviam ter descartado essa história de cara. A joia é minha, eu faço o que eu quiser", afirmou o presidente do PL.

Relembre o caso

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos autorizou o pedido de colaboração policial internacional para investigar a tentativa de venda das joias. Em agosto, a Polícia Federal acionou o FBI — equivalente americano do órgão — para avançar as investigações. 

Com o apoio dos EUA, a PF pretende ter acesso às contas bancárias do ex-presidente, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, mantidas no país norte-americano. A polícia também busca o rastreamento das joalheiras envolvidas na venda das peças, principalmente do relógio que teria sido “resgatado” pelo advogado ligado a família Bolsonaro, Frederick Wassef.

O acessório, de platina e cravejado de diamantes, foi entregue por sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial, em 2019. O objeto foi levado para os Estados Unidos e, segundo a PF, em junho do ano passado, foi vendido por mais de U$S 68 mil, cerca de R$ 346 mil. Wassef teria ido aos EUA para recomprar o relógio, que estava exposto em uma joalheria de Miami, para entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A suspeita da PF é que as operações funcionavam por determinação de Jair Bolsonaro e que teriam rendido R$ 1 milhão.

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