Brasil volta a cobrar Israel pela saída de brasileiros de Gaza

Chanceler brasileiro ligou pela 4ª vez para o ministro das relações exteriores israelenses para tratar da retirada dos brasileiros de região do conflito

36 brasileiros e parentes aguardam para deixar a Faixa de Gaza há um mês, solução pode vir nesta sexta-feira (10/11) - (crédito: Mohammed Abed/AFP)

Henrique Lessa +

postado em 09/11/2023 20:18

O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, telefonou pela 4ª vez ao chanceler israelense Eli Cohen, para tratar da situação dos brasileiros retidos na região da Faixa de Gaza, na Palestina. O grupo de 36 pessoas, cidadãos com nacionalidade brasileira, alguns com dupla nacionalidade, além de parentes, aguarda em alojamentos fornecidos pelo escritório de Ramala, de representação do Brasil na Palestina, há um mês por uma autorização para deixar a região do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Cohen teria prometido para Vieira que os brasileiros entrariam na lista desta sexta-feira (9/11). Na semana passada, Vieira conversou com o israelense e recebeu dele a garantia de que os 34 brasileiros estariam na lista para cruzar a fronteira em direção ao Egito até a última quarta-feira (8/11) — o que não se confirmou.

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Cohen teria justificado o atraso em função do fechamento da fronteira pelo Egito — realizado em protesto após Israel bombardear um comboio de ambulâncias do crescente vermelho.

Reservadamente, fontes do Itamaraty demonstraram cautela em confirmar a nova promessa, mas funcionários do escritório do Brasil em Ramala disseram ao Correio que estão confiantes em uma solução do impasse até esta sexta-feira. Essa também é a esperança da brasileira Samira Hasan, que aguarda em Gaza com o filho de 1 ano, com a expectativa de deixar a área de conflito ainda nesta sexta-feira, como relatou um parente para a reportagem.

Enquanto Cohen prometia incluir os brasileiros na lista, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse que o país não teria nenhuma responsabilidade por essa lista de saída, de responsabilidade do Egito e, em declaração, atribuiu toda a culpa pela demora na saída dos estrangeiros ao Hamas, grupo que domina a região.

*Colaborou Rodrigo Craveiro

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