PCC

PF faz operação contra suspeitos por plano do PCC contra Lira e Pacheco

Organização criminosa paulista investigou os hábitos dos presidentes da Câmara e do Senado em Brasília durante três meses

 A ação aconteceu em decorrência de uma investigação que apura o planejamento pelo grupo criminoso de um plano para realizar ataques contra os presidentes da Câmara Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. -  (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)
A ação aconteceu em decorrência de uma investigação que apura o planejamento pelo grupo criminoso de um plano para realizar ataques contra os presidentes da Câmara Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. - (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)
postado em 14/12/2023 21:05 / atualizado em 14/12/2023 22:26

A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (14/12), uma megaoperação contra possíveis integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação ocorreu em decorrência de uma investigação que apura o planejamento pelo grupo criminoso de um plano para realizar ataques contra os presidentes da Câmara Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD- MG).

A Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo, e em um deles realizou uma prisão em flagrante pelo porte irregular de arma de fogo. A operação batizada de Irrestrita busca atacar o que as investigações identificaram como uma célula da organização criminosa que atuava na elaboração de planos de ataques contra policiais, delegados, promotores e políticos.

Segundo um relatório do Ministério Público de São Paulo, o grupo chegou a monitorar por ao menos três meses, na capital federal, as residências oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado. A facção criminosa até deu um codinome para a ação, que chamou de “Missão Brasília”, onde os integrantes do grupo fizeram fotos das casas dos parlamentares, encontradas nos celulares apreendidos, onde se localizou informações de que acompanharam os horários, quantidades de seguranças e como eram os deslocamentos dos dois.

Durante a operação de coleta de informações de autoridades em Brasília, a organização criminosa alugou, por R$2,5 mil, uma casa que servia de base avançada para a ação dos criminosos na capital federal.

Pacheco demonstrou tranquilidade e confiança na ação de investigação das polícias e disse esperar que as forças de segurança consigam avançar nas investigações.

"Eu recebi pela imprensa essas notícias e um comunicado institucional das forças de segurança. Essa é uma questão que deve ser tratada pelas nossas forças de segurança, temos polícias muito especializadas, não só nossa Polícia Legislativa (do Senado), mas também a Polícia Federal. Há pouco que eu possa fazer nessa questão pessoal minha e de demais autoridades, essa é uma questão para profissionais da segurança, que certamente vão ter todo o zelo para cuidar desse tema e eu espero que sejam bem-sucedidos", disse o presidente do Senado Federal.

As investigações da PF já vêm subsidiando ações do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que tem ampliado o nível de alerta das equipes da Polícia Penal Federal, que atua nos presídios federais do Brasil, em especial no Presídio Federal de Brasília, que teve um reforço de efetivo nas últimas semanas em decorrência das informações de inteligência das investigações.

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