Forças Armadas

Programa de submarinos da Marinha do Brasil completa 15 anos

Com um submarino convencional já entregue e outro perto de ser concluído, a meta do governo é desenvolver, até 2034, uma embarcação movida a energia nuclear

O submarino convencional Riachuelo é o primeiro entregue no âmbito do Prosub, da Marinha, que também desenvolve uma embarcação movida à energia nuclear  -  (crédito: Marinha do Brasil)
O submarino convencional Riachuelo é o primeiro entregue no âmbito do Prosub, da Marinha, que também desenvolve uma embarcação movida à energia nuclear - (crédito: Marinha do Brasil)
postado em 19/12/2023 16:18 / atualizado em 19/12/2023 16:19

Lançado em dezembro de 2008, fruto de um acordo de parceria com o governo francês, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha (Prosub) completa 15 anos, no próximo sábado (23/12), com uma embarcação convencional (movida a diesel) entregue, outra prestes a ser incorporada à Marinha, e mais duas até 2025. Paralelamente, a Marinha desenvolve o primeiro submarino nuclear do Brasil, que deve ser concluído em 2034.

Esse é o maior investimento em curso na Marinha e um dos principais programas estratégicos de Defesa do país. Segundo o comando da Armada, as obras de infraestrutura industrial da Base de Submarinos do Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no estado do Rio, estão praticamente concluídas. O primeiro submarino previsto — Riachuelo — já está em operação, enquanto o segundo — Humaitá, que deve ser entregue no início do ano que vem — iniciou os testes de aceitação no mar.

O principal objetivo do programa, que deve custar, no total, R$ 40 bilhões, é o desenvolvimento de um submarino à propulsão nuclear, que carregará armamento convencional. Por isso, o Prosub integra o Programa Nuclear Brasileiro, que investe no desenvolvimento de tecnologia nuclear de ponta e reúne indústrias e centros de pesquisa. O desenvolvimento e a produção dos submarinos possibilitam a geração de 60 mil empregos diretos e indiretos e envolvem diretamente 18 universidades, vários centros de pesquisa e cerca de 400 empresas.

A Marinha ressalta que as principais tecnologias de energia nuclear que estão sendo desenvolvidas serão usadas na atividade civil, em setores como medicina, agricultura e segurança alimentar. O programa também fortalece a Base Industrial de Defesa do país, com a prioridade de aquisição de componentes fabricados no Brasil, prestação de serviços por empresas nacionais e incentivo ao parque industrial instalado.

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em agosto pelo governo federal, prevê R$ 52 bilhões em investimentos para a área da defesa. Em março, antes de completar três meses no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a base de Itaguaí e defendeu os investimentos militares.

“Eu, quando enxerguei a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no Brasil, é porque, em todos os países, a indústria de defesa contribui com a economia como um todo, além de preparar de forma mais sofisticada, com muito conhecimento científico e tecnológico, as nossas Forças Armadas e o próprio país”, declarou o presidente, que estava, na ocasião, acompanhado do comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->