Operação

Policiais federais são suspeitos de monitoramento ilegal na Abin

Operação da Polícia Federal investiga organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas. Sete policiais federais tiveram a suspensão imediata do exercício das funções públicas

Sete policiais federais tiveram a suspensão imediata do exercício das funções públicas -  (crédito: PF/ divulgação)
Sete policiais federais tiveram a suspensão imediata do exercício das funções públicas - (crédito: PF/ divulgação)
postado em 25/01/2024 07:07 / atualizado em 25/01/2024 07:46

A Polícia Federal deflagrou operação, na manhã desta quinta-feira (25/1), para investigar possível organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. De acordo com a PF, o grupo usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

São cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. Os mandados são cumpridos em Brasília (18), Juiz de Fora (MG) (1), São João Del Rei (RJ) (1) e Rio de Janeiro(1).

Segundo apuração da Globonews, um dos alvos é o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a agência no governo Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a PF, os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A ação é uma continuidade da operação Última milha, deflagrada no ano passado. Segundo a PF, as provas obtidas a partir das diligências executadas à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.

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