REFORMULAÇÃO

Lula pode demitir cúpula da Abin após operação, diz colunista

Governo suspeita que há conluio da atual gestão da Abin para blindar investigados de espionagem paralela durante a gestão de Alexandre Ramagem

Diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa tem a confiança de Rui Costa, ministro da Casa Civil -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
Diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa tem a confiança de Rui Costa, ministro da Casa Civil - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
postado em 26/01/2024 11:05 / atualizado em 26/01/2024 14:09

A cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pode ser demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A agência é investigada pela Polícia Federal (PF), que constatou um esquema de espionagem a opositores durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, os "espiões" usavam o sistema de inteligência First Mile.  

À época, o diretor da Abin era o atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ele foi alvo da PF, que fez buscas no gabinete do parlamentar, na quinta-feira (25/1). Ramagem nega as acusações.  Durante as investigações, a PF constatou que havia, dentro da atual cúpula da Abin, integrantes que dificultavam as apurações. 

Diante dessa suspeita, de acordo com informações da colunista Andreia Sadi, do portal g1, o governo avalia demitir o grupo que controla a agência. Outro ponto que corrobora a troca das chefias da Abin é a posição da PF, que nos bastidores — ainda segundo a jornalista —, classifica como "insustentável" a permanência do comando da Abin, que atualmente é representada pelo diretor-geral Luiz Fernando Corrêa e pelo diretor Alessandro Moretti.

Investigação

Na busca e apreensão no gabinete e em endereços de Ramagem, a PF confiscou quatro computadores, seis celulares e 20 pendrives. Dentro do governo, o diretor-geral Corrêa tem a confiança de Rui Costa, ministro da Casa Civil. Rui é a pessoa responsável por bater o martelo sobre as demissões.

O Correio procurou a Abin para comentar sobre as insinuações de que a alta cúpula da agência dificultara as apurações da PF. A solicitação de respostas foi enviada por e-mail e a reportagem aguarda o posicionamento da Agência Brasileira de Inteligência.  

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->