Relações Exteriores

Lula recebe presidente do Benim no Planalto e assina acordos bilaterais

Os dois líderes se reuniram no Planalto e foram para um almoço no Itamaraty, em homenagem ao Dia da África, com diplomatas do continente

O presidente Lula e o presidente do Benim, Patrice Talon, reuniram-se no Palácio do Planalto e assinaram uma série de acordos de cooperação     -  (crédito: Ricardo Stuckert)
O presidente Lula e o presidente do Benim, Patrice Talon, reuniram-se no Palácio do Planalto e assinaram uma série de acordos de cooperação - (crédito: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (23/5) o presidente do Benim, Patrice Talon, para uma reunião no Palácio do Planalto. Os dois líderes conversaram a portas fechadas, e assinaram uma série de acordos de cooperação. Depois, foram ao Palácio do Itamaraty, onde fizeram declaração à imprensa e participaram de um almoço em homenagem ao Dia da África, celebrado em 25 de maio, com a presença de diplomatas do continente.

Em discurso, o petista declarou que o Brasil e a África estão “unidos na dor” pelas mortes e destruição das enchentes no Rio Grande do Sul e das que atingem Burundi, Quênia e Tanzânia, bem como destacou a reabertura da Embaixada do Benim em Brasília e a parceria do Brasil e dos países africanos no cenário internacional.

“Quero manifestar nossa solidariedade e agradecer as mensagens de apoio recebidas dos nossos irmãos africanos”, declarou Lula.

O presidente destacou também o papel do Benim e do Quênia para enviar policiais ao Haiti, que sofre com uma crise na segurança pública e episódios de violência. “Reafirmamos nosso compromisso com a estabilidade e a prosperidade haitianas e estamos à disposição para oferecer apoio logístico à operação”, frisou o chefe do Executivo.

Renegociação da dívida africana

Lula voltou a defender a renegociação da dívida externa de países africanos, tema que é discutido na presidência brasileira do G20. Segundo ele, não é possível investir em educação, saúde ou adaptação às mudanças climáticas se os recursos dos países em desenvolvimento estão consumidos pelo serviço da dívida.

“Se os três mil bilionários do planeta pagassem 2% de impostos sobre o rendimento das suas fortunas, poderíamos gerar recursos suficientes para alimentar as 340 milhões de pessoas que, segundo a FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura], enfrentam insegurança alimentar severa na África”, pontuou.

Entre os acordos assinados hoje estão um pacto de serviços aéreos que concede liberdade na definição da frequência de voos de passageiro e cargas entre os dois países, memorandos de cooperação no turismo, na cultura e na formação de diplomatas, bem como um comunicado conjunto sobre o encontro.


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postado em 23/05/2024 14:53
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