O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza nesta quinta-feira (8/8) uma reunião ministerial para “afinar a viola” em seu governo. O encontro, no Palácio do Planalto, conta com a presença de quase todos os seus ministros. Apenas o chefe da pasta das Comunicações, Juscelino Filho, não compareceu e enviou a secretária-executiva da pasta, Sonia Faustino, como representante. Ele está em agenda na Colômbia, participando da Cúpula Latinoamericana de Inteligência Artificial.
Além da equipe ministerial, outras autoridades participam do encontro, como a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o presidente da Caixa Econômica, Carlos Vieira.
No início da reunião, Lula fez um discurso, transmitido nas redes sociais do governo. O restante do encontro ocorre a portas fechadas. De acordo com o Planalto, ministros-chave, como o chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chanceler Mauro Vieira também vão discursar, mas todos os auxiliares terão fala de até cinco minutos.
“Nós vamos aqui afinar a viola nas coisas que nós temos que fazer. Todo mundo tem tarefa determinada. Todo mundo tem seu PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Todo mundo tem sua função”, disse o presidente.
Aos ministros, Lula enfatizou que seu mandato não pode ser “apenas mais um governo”, e orientou que as políticas públicas precisam ser desenhadas de olho na população mais pobre.
“Aquelas pessoas que nunca tiveram vez, que nunca tiveram voz. Aquelas pessoas que muitas vezes não têm sequer condições de se organizar, de fazer passeata, de fazer protesto, de criar sindicato, criar entidade”, afirmou. O presidente disse ainda que está satisfeito com sua equipe e que descarta fazer trocas nos ministérios por enquanto.
Economia, política e Venezuela
Além da fala inicial do presidente, Rui Costa fará uma exposição sobre as medidas em andamento pelo governo. A pasta é responsável por coordenar a atuação dos demais ministérios. Haddad, por sua vez, falará sobre a perspectiva econômica, enquanto o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, falará sobre a organização política do governo e a relação com o Congresso Nacional nos próximos dois anos.
O ministro interino da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Laércio Portela, também deve discursar. Já o chanceler Mauro Vieira vai comentar sobre a organização da reunião do G20, marcada para novembro, após um pedido de Lula de que todos os ministros participem do fórum, que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana.
Vieira deve abordar ainda a situação das eleições venezuelanas, principalmente a atuação do Brasil como mediador entre Nicolás Maduro e sua oposição, em meio às acusações de fraude no pleito.
Os demais ministros terão cinco minutos cada para falar, com o apelo para que respeitem o tempo. O encontro deve durar até o final da tarde, o petista pediu que seus auxiliares reservassem todo o dia para a reunião.
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