Deputados e senadores da oposição se posicionarama favor do humorista Leo Lins, que na última terça-feira (3/6) foi condenado a 8 anos e 6 meses de prisão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de uma multa no valor de R$ 1,3 milhão por danos morais coletivos. A decisão judicial considerou que as piadas feitas pelo humorista configuram discurso discriminatório, ultrapassando os limites da liberdade artística.
Para o senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR), a condenação do humorista foi um “exagero”. “Condenar um humorista à prisão por piadas, mesmo que ruins, ofensivas ou preconceituosas, reflete o exagero dos tempos atuais e o desprezo pela liberdade de expressão. Aguarde-se o recurso”, disse ele em pronunciamento nas redes sociais.
Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) definiu a condenação como “desanimadora” e comparou a situação com a condenação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
“Piada não é para ser levado a sério, né? Principalmente em um país onde as coisas que deveriam ser levadas a sério não são levadas a sério e tratam-se como piadas. No mesmo instante em que o Leo Lins é condenado a mais de oito anos de cadeia, você tem Sérgio Cabral, condenado a mais de 400 anos, fazendo videozinho praticamente como se fosse um influencer da cobertura do prédio dele no RJ. Então o que eu acho? O mesmo que você. Hoje foi um dia desanimador para o país”, disse ele ao responder um dos seus seguidores no Instagram.
Assista ao vídeo:
O deputado federal e líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), por sua vez, levou a situação para o lado da ironia ao comparar o caso com a recente condenação do funkeiro MC Poze.
“MC Poze: múltiplas acusações por tráfico e apologia ao crime. Léo Lins: humorista condenado a 8 anos por contar piadas. Brasil, 2025”.
Mario Frias, ex-secretário de Cultura, seguiu a mesma linha de Zucco e comparou a condenação do humorista com a do funkeiro. “Enquanto um MC é solto em 4 dias após ser preso por associação ao tráfico, um humorista é condenado a 8 anos por fazer piadas. Isso é surreal”, disse ele ao publicar um vídeo do funkeiro sendo solto.
Gustavo Gayer (PL-GO) definiu a situação como um “sistema tirânico" e criticou a criminalização das piadas feitas por Lins. “Estamos vivendo a criminalização não somente da liberdade de expressão, mas também do riso. Quanto tempo falta para criminalizar também o pensamento? Quem controla o que pode ou não ser dito, controla a sua mente. E é isso que esse sistema tirânico almeja. Ontem foram veículos de imprensa e jornalistas de direita, hoje são parlamentares de direita e um humorista. Não se enganem, se não lutarmos, vai chegar a cada um de nós”, comentou o deputado.
As piadas de Leo Lins defendidas pelos políticos, incluem temas sensíveis com conteúdos que atingem negros, idosos, pessoas com deficiência, povos originários, nordestinos, judeus e até mesmo de pedofilia, como mostra o vídeo abaixo:
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