Frente Parlamentar pelo Livre Mercado

Senador cobra reforma administrativa ampla e critica desperdício de dinheiro público

Bagattoli (PL-RO) defendeu, durante o almoço promovido pela Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), nesta quarta-feira (11/6), que mudanças atinjam todos os Poderes e afirmou que o setor produtivo não suporta mais aumentos de impostos

O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) defendeu, nesta quarta-feira (11/6), que a reforma administrativa avance de forma ampla e profunda, com impacto não apenas sobre o Executivo, mas também sobre os demais Poderes da República. Segundo ele, a medida é urgente diante do crescente peso da máquina pública e da carga tributária sobre o setor produtivo nacional. A declaração foi dada durante o almoço promovido pela Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), realizado na sede da Casa da Liberdade, no Lago Sul, em Brasília.

O encontro reuniu parlamentares e representantes do setor produtivo para debater os principais eixos da proposta de reforma administrativa, como combate a distorções salariais, meritocracia e revisão de estruturas ineficientes. Atualmente, segundo dados da FPLM, o Brasil gasta 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com salários públicos, considerado acima da média global.

“Essa reforma administrativa tem que partir também dos Poderes. Câmara de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara Federal, Senado e Judiciário. Se isso não partir, eu vejo uma coisa que acontece no Brasil agora… é um desvio de dinheiro público”, afirmou o parlamentar.

Bagattoli lembrou que, desde o Plano Real, o setor privado vem fazendo ajustes profundos para manter competitividade, enquanto o Estado segue ineficiente. “O que aconteceu com o setor produtivo de 1994 para cá? As empresas foram se adequando, enxugando os seus braços”, frisou, citando como exemplo a reestruturação de operações da Shell Brasil em Manaus. Para ele, a falta de contrapartida do poder público tornou-se insustentável. “Nós temos um desperdício do dinheiro público violento nesse país.”

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O senador também criticou a intenção do governo de taxar instrumentos como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), medida que, segundo ele, penaliza diretamente quem produz. “Um país que vai colocar IOF em cima da LCA, da LCI, vai penalizar mais uma vez o setor produtivo”, protestou.

Bagattoli fez ainda um alerta sobre a crescente pressão fiscal em todos os níveis da federação, afirmando que o país não suporta mais impostos. “O setor produtivo não aguenta mais. Não tem como mais colocar imposto no Brasil”, concluiu o senador, chamando atenção para o risco de colapso da confiança nos sistemas tributário e administrativo se a reforma não avançar de forma ampla e estrutural.

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