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Érika Kokay rebate oposição e defende governo Lula após derrotas no Congresso

A deputada petista foi a única parlamentar da base que ficou do início ao fim de forma presencial na sessão plenária desta quarta (18/6) e em defesa ao governo

Após a aprovação da urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do IOF proposto pelo Executivo Federal, e um dia após a leitura do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) defendeu nesta quarta-feira (18/6) o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a oposição, que vem comemorando o que considera uma sequência de derrotas do Planalto.

Às vésperas do feriado de Corpus Christi, em plenário esvaziado onde parlamentares participaram da sessão de forma semi-presencial, Kokay foi a única representante da base de Lula presente do início ao fim da sessão, chegando a falar na tribuna por seis vezes em um período de 3 horas e 41 minutos, tempo este que se dividiu entre os Breves Comunicados e a Ordem do Dia.

Quanto às recentes vitórias da oposição, ela destacou que não representam uma fraqueza do governo, mas sim “imposições contra o povo brasileiro”, e que esses parlamentares têm atuado para proteger os interesses dos mais ricos, rejeitando qualquer tentativa de reforma tributária progressiva.

“Eles têm uma resistência imensa de colocar o rico no Orçamento. Eles são contra taxar as grandes fortunas”, destacou. “Quando dizem ‘nenhum imposto a mais’, não é nenhum imposto para quem tem muito dinheiro no Brasil”, emendou.

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Érika Kokay defendeu o compromisso do governo Lula com o equilíbrio fiscal, mas ressaltou que isso deve estar atrelado à justiça social. “É preciso colocar o pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda”, afirmou. Denunciou iniciativas da oposição que, segundo ela, visam penalizar os mais pobres, como propostas para impedir beneficiários do Bolsa Família de votarem ou para desvincular as aposentadorias do reajuste do salário mínimo.

“Eles miram seus canhões cruéis contra a população mais pobre deste país. Enquanto isso, constroem um cordão de proteção às grandes fortunas”, disparou a petista.

A deputada também fez críticas ao surgimento de denúncias no sistema previdenciário e nas estruturas de inteligência. Ela acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de instrumentalizar a Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para proteger a si mesmo e perseguir adversários.

“Foi o governo Lula que passou a desbaratar o esquema iniciado no governo Bolsonaro”, afirmou Kokay, creditando à Controladoria-Geral da União (CGU) e à PF o enfrentamento dos crimes investigados atualmente. “As instituições que deveriam servir à população estavam a serviço do próprio governante.”

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A fala de Érika Kokay deixa claro o tom que o governo e sua base devem adotar nas próximas semanas: o de confronto direto com a oposição, reforçando a narrativa de que as resistências às medidas do Executivo não são apenas embates políticos, mas escolhas que impactam diretamente a vida da população mais pobre.

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