Câmara

Símbolo de Trump gera impasse entre bolsonaristas no Congresso

Deputado do PL exibe bandeira do presidente dos EUA durante ato da oposição e é repreendido por colega de partido. Coletiva foi convocada em reação à decisão de Motta que vetou a realização de comissões durante o recesso parlamentar

Faixa foi exibida pelo deputado Delegado Caveira (PA) durante coletiva do PL na Câmara, mas foi retirada por orientação do deputado Paulo Bilynskyj (SP) -  (crédito:  Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Faixa foi exibida pelo deputado Delegado Caveira (PA) durante coletiva do PL na Câmara, mas foi retirada por orientação do deputado Paulo Bilynskyj (SP) - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Uma bandeira em apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou um impasse durante ato da oposição na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22/7). A faixa foi exibida pelo deputado Delegado Caveira (PL-PA) durante uma coletiva organizada por parlamentares do Partido Liberal (PL), mas foi retirada após orientação do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Bilynskyj afirmou que a presença da bandeira não condizia com os objetivos da reunião. “Ela foi retirada porque não era o foco da pauta de hoje”, disse. O gesto revelou uma divisão interna no grupo de oposição, mesmo entre integrantes da mesma legenda.

O ato foi convocado em reação à decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vetou a realização de comissões durante o recesso parlamentar. A medida impediu que aliados de Jair Bolsonaro (PL) aprovassem moções de louvor ao ex-presidente, previamente articuladas em colegiados sob controle do PL.

Mesmo com o recesso, os parlamentares do partido haviam marcado sessões extraordinárias das comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores e Defesa Nacional. A tentativa, no entanto, foi frustrada minutos antes do início das atividades, com a publicação do ato que suspendeu oficialmente as reuniões.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou a decisão de Motta, classificando-a como “ilegal e antirregimental”. Segundo ele, as moções de apoio a Bolsonaro devem ser reapresentadas no retorno do recesso, previsto para o início de agosto.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 22/07/2025 14:42 / atualizado em 22/07/2025 14:44
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