A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados anunciou que vai acionar a corregedoria parlamentar da Casa para buscar “medidas cabíveis” após os ataques de parlamentares da oposição à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a audiência da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, na última quarta-feira (2/7).
A audiência foi marcada por falas debochadas de deputados da oposição. Entre eles, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) que chegou a chamar a ministra de “adestrada” e “mal-educada”. Ele disse, ainda, que ela “nunca trabalhou” e “não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho”, comparando o trabalho da ministra com os de grupos Farc, Hamas e Hezbollah.
De acordo com a Secretaria da Mulher, foram estas acusações feitas pelo deputado que motivaram a ação por conta “da forma desrespeitosa e incompatível com os princípios democráticos e com o decoro parlamentar que devem nortear os trabalhos desta Casa”.
Em nota publicada nas redes sociais, a secretaria afirmou: "É urgente interromper a escalada de casos de violência política de gênero que têm ocorrido nas esferas federal, estadual e municipal, com o objetivo claro de intimidar e silenciar mulheres que ocupam posições de liderança."
A Corregedoria Parlamentar tem a responsabilidade de buscar “decoro, ordem e disciplina” na Câmara, e pode promover sindicâncias ou inquéritos para apuração de “notícias de ilícitos” que envolvam deputados. O colegiado, atualmente, é comandado pelo deputado Diego Coronel (PSD-BA).
Em outra ocasião, enquanto Marina respondia aos questionamentos sobre queimadas e os índices de desmatamento na audiência, ela chegou a ser interrompida pelo deputado Zé Trovão (PL-SC), que sorrindo e em tom irônico disse: “Se acalme, ministra.”
A frase, dita quando ela falava sobre os avanços na redução do desmatamento na Amazônia, causou reação imediata por parte da ministra. “Quando um homem ergue a voz, ele está sendo incisivo. Quando uma mulher fala com firmeza, dizem que é show”, rebateu.
A sessão precisou ser interrompida em diversos momentos devido aos ataques à ministra. O episódio ecoa o que aconteceu há cerca de um mês no Senado Federal, quando Marina também foi alvo de interrupções e ataques por parte de parlamentares oposicionistas.
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