O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, ontem, que o tarifaço de 50% às exportações brasileiras para os Estados Unidos tem o objetivo de "reabilitar a extrema-direita no Brasil". Conforme salientou, a prova de que o governo do presidente Donald Trump pretende fazer com que os radicais tenham condições de voltar ao poder é o relatório da Polícia Federal (PF), divulgado na quarta-feira, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são responsabilizados por uma ação conjunta visando dificultar as negociações para a suspensão das sanções.
“Vimos aí, pelas mensagens trocadas, que o único objetivo é livrar a cara dos golpistas e não tem nenhuma outra finalidade, essa hostilidade, que não seja reabilitar a extrema-direita no Brasil. O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Nós sabemos disso. Temos tamanho, densidade, importância para manter e garantir nossa soberania”, frisou, na participação por vídeo que fez no encontro do PT para debater a conjuntura política nacional e internacional, em Brasília.
Por sua vez, Alckmin crê na superação da crise comercial entre Brasil e EUA. “Vai passar. Na década de 1980, era 24% a nossa exportação para os EUA, praticamente um quarto das exportações brasileiras. Hoje, é 12%. E o que está afetado é 3,3%. Isso é o que está afetado no tarifaço", disse, também no encontro do PT. E acrescentou: "Não vamos desistir de baixar essa alíquota e tirar mais produtos".
Novos horizontes
Para o vice-presidente, as medidas do governo incluídas no Plano Brasil Soberano — como linhas de crédito e suspensão de tributos incidentes sobre insumos importados — terão força suficiente para reduzir os impactos sobre os exportadores brasileiros impactados pelo tarifaço. Alckmin ainda considera que a reclamação aberta pelo governo brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas surtirá efeito.
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