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PT elege executiva com foco em reeleição de Lula e críticas a Trump

No tema das eleições, Edinho Silva ainda falou ser prioridades do PT maior articulação política com eleitores e partidos que representam os evangélicos

O Partido dos Trabalhadores (PT) formou neste sábado (23/8) a nova diretoria executiva. Edinho Silva, presidente do PT, é ex-prefeito de Araraquara, a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá a ala interna Construindo um Novo Brasil (CNB) no comando dos principais cargos internos. Ao todo, essa ala ocupará 14 dos 26 cargos da legenda. 

Na comissão executiva do PT, haverá cinco vice-presidentes: Jilmar Tatto, Joaquim Soariano, José Guimarães, Rubens Junior e Washington Quaquá. Os líderes das bancadas da Câmara e do Senado são Lindbergh Farias e Rogério Carvalho, respectivamente.

A lista segue com Lucinha (Movimentos Populares e Política Setorial); Maria de Jesus, conhecida como Claudinha (Nucleação); Vitória Fortuna (Articulação de Políticas Públicas); e Tassia Rabelo (Formação), além de Gleide Andrade (Finanças e Planejamento). 

As outras secretarias serão ocupadas por: Eden Valadares (Comunicação), Henrique Fontava (Secretaria-Geral), Humberto Costa (Relações Internacionais), Laércio Ribeiro (Organização), Luiz Felipe, o Hadesh (Mobilização), e Romenio Pereira (Assuntos Institucionais).

Mobilização

Após a definição dos nomes que vão comandar o PT, o presidente Edinho Silva elencou as principais ações do partido para os próximos meses e sobretudo às eleições de 26. Ele foi enfático ao afirmar que o principal compromisso da legenda é defender a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“As eleições de 26 formam o eixo central. A nossa prioridade é batalhar pela reeleição de Lula”, pontuou Edinho. Embora coloque como principal agenda a pauta da reeleição, Lula ainda não confirma publicamente que concorrerá por mais um mandato à frente do Planalto. 

No tema das eleições, Edinho Silva ainda falou ser prioridades do PT maior articulação política com eleitores e partidos que representam os evangélicos. “O partido tem que ter mais presença junto a lideranças religiosas. Sabemos que precisamos trabalhar para que essa aproximação ocorra cada vez mais. É preciso romper esse preconceito que se criou (com evangélicos)”, projetou Edinho.

A preocupação com o eleitorado evangélico vem sob a perspectiva de que é esse um dos principais públicos que reprovam a gestão do governo Lula. A pesquisa Quaest divulgada na semana passada mostrou que 65% dos eleitores que se identificam como evangélicos desaprovam a gestão do presidente. Esse percentual até oscilou em favor do presidente, já que, em julho, 69% dos evangélicos reprovaram Lula.

Críticas ao Tarifaço

O presidente Edinho Silva também comentou que mobilizações em prol da bandeira em defesa da soberania nacional e contra o ‘tarifaço’ de 50% dos Estados Unidos contra produtos brasileiros serão protagonizadas pelo PT. Uma deles será feito nas celebrações da Independência do Brasil, no 7 de Setembro.

Neste dia, disse Edinho, serão feitas diversas manifestações contra o governo de Donald Trump. A ideia é que os diretórios estaduais do PT organizem suas mobilizações. 

"O Brasil está sendo penalizado injustamente. As tarifas sempre foram utilizadas para equilibrar relações comerciais, mas estão sendo usadas pelo governo Trump de forma autoritária, sem nenhum fundamento e com viés político. Um viés político que tem por objetivo impedir a apuração de crimes graves. Primeiro, uma tentativa de golpe. Se o povo brasileiro banalizar o que aconteceu em 8 de janeiro de 23, nós vamos abrir precedente histórico gravíssimo. Toda vez que alguém perder eleição vai se sentir no direito de organizar um golpe para que o resultado da eleição não seja cumprido. Isso é grave", protestou.

Edinho também defendeu as falas feitas durante o evento do PT pelos ministros Fernando Haddad (Economia), que chamou o tarifaço de atitude hostil do governo trump; e do vice-presidente Geraldo Alckimin (Desenvolvimento, Indústria e Serviços), que considerou a medida como injustificada.

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