Trama Golpista

Lula alerta para "risco" de aprovação da anistia e defende vigilância

A declaração foi dada durante uma roda de conversa com comunicadores e ativistas no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte

"É preciso ficar vigilante", disse Lula diante das articulações em torno do tema - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou, nesta quinta-feira (4/9), para o risco de o Congresso Nacional aprovar uma anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Segundo ele, “é preciso ficar vigilante” diante das articulações em torno do tema. A declaração foi feita durante uma roda de conversa com comunicadores e ativistas no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, transmitida pelas redes sociais do presidente. 

“Agora, é outra coisa que nós temos que saber: se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia, porque o Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo que o governo queria, mas a extrema-direita tem muita força ainda”, afirmou Lula.

O petista reforçou, ainda na quarta-feira (3), sua posição contrária à proposta em encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Embora o parlamentar não tenha abordado o assunto na reunião, Lula fez questão de ressaltar que a ideia de perdão, em sua visão, fere a democracia e a soberania nacional.

Articulação 

Na outra ponta das negociações, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou a articulação em defesa da anistia. Cotado como potencial adversário de Lula nas eleições presidenciais de 2026, Tarcísio esteve em Brasília nesta semana, onde se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do tema.

De volta a São Paulo, o governador promoveu um jantar no Palácio dos Bandeirantes com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL), e o pastor Silas Malafaia. No encontro, o grupo projetou que a proposta deverá ser aprovada na Câmara ainda neste ano com mais de 300 votos, o que, segundo avaliação deles, tornaria a aprovação no Senado inevitável.

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postado em 04/09/2025 12:39 / atualizado em 04/09/2025 12:51
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