Congresso

Derrite chora ao defender PL Antifacção durante homenagem a policiais mortos

Evento no Senado reuniu autoridades e representantes da segurança pública, entre eles o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar

Durante a sessão solene realizada nesta quarta-feira (12/11) no Senado Federal, em homenagem aos policiais mortos e feridos na megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, conhecido como PL Antifacção, se emocionou ao discursar no plenário.

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O evento reuniu autoridades e representantes da segurança pública, entre eles o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar. A homenagem reconheceu o trabalho das forças de segurança do Rio e prestou tributo aos quatro policiais que perderam a vida durante a operação de outubro, considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos.

Derrite dedicou boa parte de sua fala aos agentes de segurança, a quem chamou de “heróis” e, no caso dos policiais do Rio, de “super-heróis”. “Os policiais do Rio de Janeiro enfrentam uma realidade única, enfrentamento que nem na guerra do Iraque”, afirmou, dirigindo-se às famílias dos agentes mortos.

O deputado também usou o discurso para defender o texto do PL Antifacção, que propõe o aumento de penas para integrantes e financiadores de facções criminosas, além de criar regras mais rígidas para o sistema prisional. Segundo ele, o projeto busca corrigir falhas da legislação atual e fortalecer o trabalho das forças de segurança.

“Nosso texto sugeriu esse pressuposto de  redução de pena, que não estamos entregando penas duras que levam de no mínimo 20 podendo chegar a 40 de aumento de dois ter se os crimes forem cometidos contra agentes de segurança pública”, explicou. Derrite rebateu críticas de que seu parecer enfraquece a atuação da Polícia Federal e da Receita Federal. “Isso é uma mentira. A Polícia Federal é uma instituição respeitada, e nosso projeto fortalece o combate integrado ao crime organizado”, disse.

Durante a fala, o relator lembrou ainda o episódio recente em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou traficantes de “vítimas dos usuários”, afirmando que a declaração causou indignação entre policiais. “O Estado não pode tratar criminosos como vítimas. Esses heróis juram sacrificar a própria vida pela segurança do povo brasileiro”, afirmou. 

Derrite, que atuou por mais de 20 anos na Polícia Militar de São Paulo, declarou que o projeto foi construído a partir da sua experiência profissional. “Dedico minha vida à segurança pública. Não é bandeira política, é uma missão”, disse, ao reafirmar o compromisso de levar o texto à votação ainda nesta quarta-feira.

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