
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (9/12), que “não precisa de genocídio para combater o banditismo”, ao defender a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
Segundo Lula, a medida vai definir o papel do governo federal na segurança sem interferir na autonomia dos governos estaduais. O presidente também destacou a cooperação contra o crime organizado que sugeriu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A PEC da Segurança, é importante aprovar para a gente definir qual é o papel da União na questão da Segurança Pública. Nós precisamos definir onde a gente entra, e como a gente entra sem ferir a autonomia dos governadores. O que não dá é para não ter um papel relevante do governo federal”, discursou durante anúncio da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) mais barata, no Planalto.
“Hoje, (a segurança) é o problema mais grave do país. Tem gente que acha que é tudo resolvido ao matar. Eu não acho. Acho que, se investir em inteligência, ter as pessoas certas nos lugares certos, a gente não precisa de genocídio para combater o banditismo”, acrescentou.
A expectativa é que a PEC da Segurança, de autoria do Executivo, seja votada amanhã (10) na Câmara. Ela está, no momento, sendo avaliada por uma comissão especial. O texto aumenta os poderes das forças de segurança da União, como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e aumenta a participação do governo federal na segurança.
Lula pede aos EUA prisão de Ricardo Magro
Em seguida, Lula comentou que ligou para Trump e sugeriu uma cooperação contra o crime organizado — o que foi bem recebido pelo republicano. Sem citar nomes, também sugeriu que o governo americano prenda o empresário Ricardo Magro, dono do Grupo Refit, principal alvo de uma megaoperação contra sonegação e lavagem de dinheiro.
“Mandei para ele, no mesmo dia, a proposta do que queremos fazer. Disse para ele, inclusive, que um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro, que é o maior devedor desse país, que é importador de combustível falso, mora em Miami. Então, se quiser ajudar, vamos ajudar prendendo logo esse aí”, enfatizou Lula.
O Grupo Refit é o maior devedor à União, com R$ 26 bilhões de débitos. O grupo é acusado de fraudar a importação de combustíveis.
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