OPERÇÃO

Carlos Jordy reage a operação da PF e nega irregularidades em gastos do mandato

Deputado afirma que contratos de aluguel de veículos são regulares e chama ação de "pesca probatória"

Deputado afirmou que os pagamentos à empresa investigada se referem ao aluguel de carros utilizado desde o início de seu mandato -  (crédito: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)
Deputado afirmou que os pagamentos à empresa investigada se referem ao aluguel de carros utilizado desde o início de seu mandato - (crédito: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (19/12) a operação Galho Fraco para investigar suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar envolvendo os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A ação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos parlamentares no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.

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Segundo a PF, as investigações indicam que agentes públicos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar e ocultar verbas públicas. O foco da apuração são repasses a uma locadora de veículos que, conforme a suspeita, teria sido criada para emitir notas fiscais fictícias com o objetivo de justificar gastos do mandato.

Carlos Jordy se manifestou nas redes sociais e afirmou que os pagamentos à empresa investigada se referem ao aluguel de carros utilizado desde o início de seu mandato. O deputado disse que as buscas foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino e classificou a operação como “pesca probatória”. Em nota, Jordy argumentou que a empresa é sua fornecedora desde 2019 e questionou o fato de a investigação apontar que a locadora teria apenas cinco veículos, sustentando que contratos anteriores já haviam sido analisados sem a constatação de irregularidades.

O parlamentar também criticou a atuação da Polícia Federal, afirmando ser inadmissível que o órgão seja usado para intimidar membros da oposição, e defendeu que medidas contra deputados só ocorram diante de indícios concretos de crimes graves e com atuação imparcial das autoridades.

A operação é um desdobramento de diligências realizadas no fim do ano passado, quando a PF investigou assessores parlamentares e reuniu informações sobre os contratos. Com o aprofundamento das apurações, a nova fase passou a atingir diretamente os dois deputados.

Até a última atualização, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, não havia se manifestado sobre a operação. O Correio entrou em contato com a assessoria, mas ainda não teve resposta. O espaço permanece aberto para manifestações futuras.

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postado em 19/12/2025 09:52 / atualizado em 19/12/2025 10:12
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