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'Se há suspeita, que se investigue', diz Hugo Motta sobre operação da PF

Presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a Casa não servirá de escudo para parlamentares e defendeu que investigações contra deputados do PL sigam o curso judicial, com respeito à atuação do Supremo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (19/12) que a Casa não dará apoio a parlamentares alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF), em referência à ação que atingiu os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-SP).

Segundo Motta, a Câmara não atua para proteger condutas irregulares e cabe ao Poder Judiciário apurar eventuais suspeitas envolvendo parlamentares. A declaração foi dada durante café da manhã com jornalistas, na Residência Oficial, em Brasília.

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Motta disse que foi informado nas primeiras horas da manhã pela Polícia Federal. À medida é de praxe em casos que envolvem parlamentares. “Eu recebi uma ligação do diretor-geral da Polícia Federal, como sempre acontece quando há alguma diligência relacionada a deputados. Me foi informado que se trata de uma investigação sobre questões de gabinete, mas eu não conheço a fundo os detalhes”, declarou.

O presidente da Câmara destacou que não cabe à Mesa Diretora fazer avaliações antecipadas sobre ações judiciais em andamento. “Eu não faço pré-julgamento antecipado sobre nenhum assunto. O Supremo está no papel de investigar, assim como o Ministério Público e a Polícia Federal, que são órgãos auxiliares do Judiciário”, disse.
 
Mas reforçou que investigações devem seguir seu curso natural e se há culpados, que seja punidos. “Se há suspeita, que se investigue. Se há culpa, que se puna. Esse é o papel do Poder Judiciário e dos órgãos de controle. A Câmara não serve como escudo para irregularidades”, afirmou.

Sobre a relação da Câmara com o Supremo Tribunal Federal, ele disse que tem sido pautada pelo respeito e pela interlocução permanente. “Nós temos respeito pela atuação do Supremo Tribunal Federal. O Supremo tem um papel importante no nosso país, inclusive nas questões que envolvem investigações de parlamentares”, afirmou.
 
 
 

 

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