Casa

Saiba como escolher a cortina ideal para cada ambiente do lar

Responsáveis por trazer sensações de privacidade e aconchego, as cortinas, quando bem escolhidas, podem também ser artigos de decoração harmônicos e elegantes

Letícia Mouhamad*
postado em 01/05/2022 07:00 / atualizado em 02/05/2022 07:55
Na sala de estar, modelos mais leves trazem a sensação de aconchego -  (crédito: Júlia Totóli | Traama Arquitetura/Reprodução)
Na sala de estar, modelos mais leves trazem a sensação de aconchego - (crédito: Júlia Totóli | Traama Arquitetura/Reprodução)

Cômodos divididos e móveis no lugar, é hora de pensar nos itens de decoração. As cortinas, além de trazerem requinte ao lar, transmitem intimidade e bem-estar, dosam a luminosidade e protegem o interior da exposição de raios solares. Todavia, a sua escolha deve ser certeira, já que cada ambiente tem uma funcionalidade e é essencial que todas as informações estejam em harmonia.

A arquiteta Rafaela Cunha, sócia da empresa de mesmo nome, sugere pensar em três tópicos quando o assunto é a cortina ideal: a quantidade de luz desejada — salas de TV e escritórios são locais que se diferem nesse aspecto —, a estética do ambiente (se é mais moderno ou mais tradicional) e o material utilizado, que pode ir desde tecido até vidro.

Utilizar essa peça em cozinhas e banheiros pode não parecer muito convencional, em vista da interferência da umidade e da gordura no momento da limpeza, mas, para quem não quer abrir mão do item, vale a pena prezar por materiais mais sintéticos, como PVC, ou mesmo o metal.

  • Na sala de estar, modelos mais leves trazem a sensação de aconchego Júlia Totóli | Traama Arquitetura/Reprodução
  • A persiana rolô pode ser interessante para cozinhas Edgar César| Traama Arquitetura/Reprodução
  • Modelo blackout para dormitórios. Rafaela Cunha Arquitetura/Reprodução
  • A persiana double vision é bastante versátil para todos os cômodos Rafaela Cunha Arquitetura/Reprodução
  • Modelo blackout para sala de TV: impressão de cinema em casa Rafaela Cunha Arquitetura/Reprodução

Já para as varandas, há uma possibilidade curiosa: as cortinas de vidro. Além de protegerem contra fatores externos, como chuva, ruído e poeira, não alteram a estética do local, por serem transparentes. Além disso, conforme sugere Amanda Saback, da Traama Arquitetura, as persianas são uma ótima saída, pela funcionalidade.

Em salas de TV, o blackout é a melhor opção, pois evita a entrada de muita luz e, consequentemente, de mais calor, dando a impressão de que há um "cinema" em casa. A depender do espaço, é possível ainda instalar, junto ao blackout, outra cortina, de tecido leve (renda, crepe ou voil), que torne a combinação esteticamente mais agradável e aconchegante.

A mesma ideia convém para os dormitórios, que oferecem maiores possibilidades de materiais, cores e acabamentos. Painéis e persianas do tipo rolô e romana são também alternativas possíveis. "Para os quartos infantis, a recomendação é prezar pela segurança, por isso, as cortinas mais curtas são preferíveis, visto que impedem de os pequenos se aventurarem tentando pendurar ou 'escalar' o tecido", aconselha Rafaela.

Nos escritórios, a propensão é evitar modelos com tecidos, que vão de encontro à praticidade que esse cômodo exige, além de ocuparem mais espaço e serem difíceis de limpar. Assim, a indicação é priorizar as persianas, que podem ser de madeira, PVC, tela solar e alumínio.

Para quem tem animais de estimação, a dica é pensar em materiais que tenham maior durabilidade. Tecidos como linho, gorgurão e algodão são algumas possibilidades. Além do mais, optar por aqueles com tramas mais fechadas evita desfiados e até mordidas.

Harmonia e tendências

O tecido da cortina pode enriquecer ou empobrecer qualquer composição de decoração e deve ser escolhido com muita cautela. Como explica Amanda Saback, espaços clássicos recebem melhor opções como seda e veludo do que ambientes modernos. Já o linho acaba sendo a opção mais democrática e fica bem em praticamente qualquer arranjo. Para não errar, fuja de comprimentos que não vão até o piso.

E quanto às cores, é possível arriscar? Segundo Rafaela Cunha, sim, mas com cautela. "Desde que estas estejam em harmonia com os tons do ambiente, podem ser utilizadas. São interessantes, inclusive, para brincar com as sensações do local, podendo até melhorar o bem-estar de quem o habita", completa. Tons mais fortes, entretanto, exigem cuidado, pois podem desbotar facilmente com entrada solar direta.

Sobre as tendências, a persiana double vision tem sido uma das mais utilizadas por conta da praticidade. Seu modelo é formado por dois painéis que intercalam faixas horizontais de tecido — simples ou blackout — e transparentes, criando um jogo de luzes e sombras. Esta opção vai bem em todos os cômodos, desde que seja mantido o equilíbrio com o restante do ambiente.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

 

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