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Paternidade ativa: eles também sentem a pressão de criar uma criança

Romper a bolha da masculinidade tóxica, que restringe as possibilidades de afeto e acoberta o sofrimento parental, é o passo inicial para garantir o autocuidado dos pais e o bem-estar dos filhos

Letícia Mouhamad* e Giovanna Fischborn
postado em 14/08/2022 07:21 / atualizado em 11/01/2023 09:00
 (crédito: Fotos: Arquivo pessoal)
(crédito: Fotos: Arquivo pessoal)

Ser mãe é amar, dar carinho incondicional e instintivamente saber tudo o que filho precisa, afinal, o maternar é sinônimo de afeto e cuidado, certo? Errado! Hoje, com maiores discussões sobre maternidade compulsória, depressão pós-parto e demais papéis que a mulher exerce na sociedade, antigos discursos caem por terra. Tornar-se mãe exige coragem para enfrentar os caminhos tortuosos — e nada instintivos — que envolvem a criação de um ser. Mas, se o imaginário coletivo impôs essa função às mulheres, qual seria, então, aquela reservada aos homens, ou melhor, ao homem pai?

Nas telas, eles foram retratados de diferentes formas. Lineu, do seriado A Grande Família, e Julius, da sitcom Todo Mundo Odeia o Chris, eram os provedores, que cobravam dos filhos e, vez ou outra, aconselhava-os. Seu Madruga, do clássico Chaves, era o pai solo que batalhava para criar a filha, enquanto educava-a com palmadas. Homer, dos Simpsons, era atrapalhado e irresponsável. Os tempos mudam e certas representações também, mas se tem algo que se manteve e, infelizmente, ultrapassa a ficção é o abandono paterno.

Segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), de janeiro a abril deste ano, foram registrados 56,9 mil bebês identificados somente com o nome da mãe. O número é superior às médias contabilizadas no mesmo período dos três anos anteriores. E apesar da figura do pai ser fundamental no desenvolvimento de uma criança, o desamparo paterno ainda choca bem menos do que o materno. Aos que não abdicam das suas responsabilidades e idealizam cumpri-las com dedicação, ficam os desafios, dado que vencer os discursos alimentados pela masculinidade hegemônica é remar contra a maré. Mas é possível.

A paternidade ativa envolve ações e cuidado físico e emocional ao filho. Trata-se de desenvolver e manter uma relação que vai além do sustento financeiro. Além disso, é compartilhar com a parceira a decisão de ter ou não filhos e qual a melhor hora para tê-los. "Esse envolvimento traz como possibilidade melhor qualidade de vida e a criação de vínculos afetivos mais fortes e saudáveis para todos(as)", como destaca a Cartilha para pais: como exercer uma paternidade ativa, do Ministério da Saúde. Pensando nisso, a Revista do Correio conversou com Victor, Lucas e Guilherme, pais que reconhecem os desafios dessa função multiplicados em primeiras experiências, e valorizam o autocuidado, com o fim, também, de garantir o bem-estar de seus filhos.

Exemplo replicado

Em 21 de julho do ano passado, o casal Leticia, 29 anos, e Victor, 33, souberam que estavam à espera de um bebê. Coincidentemente, a notícia foi revelada no aniversário do pai de Victor, e a emoção foi geral. Pablo, que é o sogro de Leticia, virou o ano com mais um neto a caminho. Como um espelho, Victor vê, no próprio pai, a figura paterna que quer ser para o pequeno André, de 4 meses — pai presente, exemplo, referência.

Victor Mendes Montoya Lazo acompanhou todas as fases da gestação e é ativo nos cuidados com o pequeno André
Victor Mendes Montoya Lazo acompanhou todas as fases da gestação e é ativo nos cuidados com o pequeno André (foto: Arquivo pessoal)

E o servidor público tem dado o seu melhor. Sabe que o recém-nascido depende quase que 90% da mãe neste momento, mas que, para ela estar bem, ele, como pai, precisa se esforçar. Depois que Letícia amamenta de madrugada, André fica aos cuidados do pai. A maioria dos banhos também é responsabilidade de Victor. "Nos organizamos para que ela tenha um descanso o mais contínuo possível. O que não depende somente da mãe, direcionamos para que eu faça também", conta. O objetivo é fomentar a relação paterna desde o início.

O retorno é o melhor possível. Quando pai e filho estão em contato, a troca de carinhos se mostra no sorrisão do pequeno. "Como descrever o indescritível? Tinha muita vontade de ser pai. Para mim, esse processo é a concretização do que sonhei a vida inteira", relata.

Durante a gestação, Victor recorda que acompanhar o pré-natal era tanto uma alegria quanto uma inquietação. Ele ficava por dentro do desenvolvimento do bebê e sabia como andava a saúde da mãe, mas os exames detalhados eram sempre motivo de nervosismo. Os ultrassons de contagem de membros e análises para identificar possíveis anomalias só faziam ele torcer ainda mais para que o filho nascesse com saúde — e era só com o resultado em mãos que respirava aliviado.

Embora se considere ansioso, Victor não buscou ajuda profissional na época. Acredita que a informação vinda dos próprios médicos, os exames positivos e a vida financeira estável do casal tenham contribuído para uma sensação maior de segurança. É assim, participativo, que o pai de primeira viagem espera seguir honrando o compromisso da paternidade, com apoio incondicional.

Saúde mental

Papéis estruturantes de feminino e masculino, apoiados na ideia da dualidade, colocam a mulher como sinônimo de acolhimento e associam o trabalho ao homem. Nesse sentido, por muito tempo, foi alimentado que cuidar dos filhos faria o homem ser menos homem — ele, o provedor sempre ocupado. O psiquiatra Leonardo Cruz desmistifica esse conceito, considerado ultrapassado. Tais arranjos são individuais, e não totalmente rígidos. Mais que ligação biológica, é o afeto que faz um pai. Famílias com monoparentalidade comprovam esse argumento, já que uma única figura faz o papel de mãe e pai.

No entanto, essa crença ainda se traduz em dificuldades para pais e futuros pais. As figuras masculinas e AS experiências deixadas por elas ao longo da vida do homem têm influência nisso, como vimos na história de Victor. Segundo o médico, a tendência é replicarmos os exemplos que tivemos. Acontece que se a família se mostrou sempre indisponível e a figura materna era sempre sobrecarregada, é mais difícil o homem quebrar o padrão e romper com a distância emocional.

Não que isso seja impedimento. Um bom começo para essa afetividade pode ser justamente se questionar e entender que tipo de pai teve, a educação, como se deu o afeto e o que faltou nessa relação. "Quando a companheira ou amigos comentam ou quando o ambiente de terapia questiona esses pontos e o comportamento desse homem, ele pode ter um amadurecimento e encontrar o caminho dessa 'nova paternidade', disposto a envolver-se e criar vínculos", aponta.

Um artigo da Universidade de São Paulo (USP) evidenciou o quão bem faz a paternidade ativa para toda a família. A criança é a maior beneficiada por ter um pai presente. A mãe sente-se apoiada e há mais chances de ela nutrir interesses por outras questões, além da maternidade — afinal, quando a mulher se torna mãe, é comum que seja reduzida apenas a mãe, como se abandonasse suas outras faces. A casa se torna um ambiente mais seguro. O que surpreende ainda é que o homem tende a se tornar mais confiante com a própria carreira e evoluir no sentido profissional.

E se muito se fala sobre mães com depressão pré e pós-parto, vale lembrar que eles também nutrem inseguranças e até sentimento de culpa na criação dos pequenos. Pesquisas estimam que algo em torno de 10% dos homens têm depressão ao longo do primeiro ano de vida do filho. Para eles, essa condição silenciosa tende a se materializar em irritabilidade e pessimismo. "Há muito em jogo. Fatores estressantes pela própria mudança na família, que exige rearranjo dentro de casa, e a volta ao trabalho. Somado a isso, o pai pensa em como pode nutrir esse suporte emocional, muitas vezes, tendo pouca informação sobre a criança", elenca Leonardo.

Na missão de se sentir mais tranquilo e no controle dos cuidados com o filho, o pai pode e deve acompanhar as etapas de planejamento reprodutivo, pré-natal, gestação e pós-parto. Uma vez instruído, ele também será capaz de atender às demandas do filho sem desespero. "Sempre lembrando que esse pai também merece acolhimento", orienta o psiquiatra.

Mais informação 

Na Cartilha para pais, do Ministério da Saúde, é possível conferir informações importantes sobre planejamento reprodutivo, pré-natal do parceiro, período gestacional e primeiros meses de vida do bebê, além de orientações práticas acerca da certidão de nascimento e da licença paternidade. Mais informações: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_pais_exercer_paternidade_ativa.pdf

Surpresa bem-vinda para ele, presença valiosa para ela

Ser pai nunca esteve nos planos do autônomo Lucas Mendes, de 27 anos, por isso a surpresa quando o teste de gravidez da esposa, Camila, deu positivo. O desespero se instaurou. A falta de planejamento, o fato de não estar trabalhando e de sua companheira ter acabado de sair de um emprego fixo, para empreender, fizeram com que as preocupações financeiras se multiplicassem. Com os primeiros exames, as inquietações direcionaram-se para a saúde da gestante e do bebê, visto que a gravidez foi considerada de risco.

Lucas Mendes e a pequena Maria Cecília
Lucas Mendes e a pequena Maria Cecília (foto: Arquivo pessoal)

Assim, foi necessário mudar a rotina do casal. Camila deixou de trabalhar por um tempo, devido à recomendação médica de repouso total, e as responsabilidades de resolver qualquer problema pessoal ou financeiro ficaram com Lucas. "Eu tentava resolvê-los sozinho, antes que pudessem afetá-la", recorda-se. Mas, como toda situação repentina, a nova realidade lhe gerava ansiedade, sentimento que não foi compartilhado com a esposa por receio de agravar seu estado de saúde. "Apesar de todo esse medo, acho que as preocupações se mantiveram dentro do esperado; em nenhum momento, cogitei buscar acompanhamento ou recorrer a alguma medicação", pondera.

A tranquilidade só veio quando Maria Cecília nasceu sem problema algum, em um parto seguro, "perfeita", como pontuou o pai. Hoje, com um ano, a pequena é a paixão da família, e observar sua evolução e formação de personalidade é de encher os olhos. "Cada coisa nova que ela aprende a fazer vira festa e motivo de comemoração." E se a maternidade é permeada por dúvidas, com a paternidade (ativa) não seria diferente. Questionar-se sobre estar criando a filha da forma correta, assim como se está ensinando-a a ser uma boa pessoa é motivo constante de ansiedade para o jovem.

O maior desejo de Lucas é estar sempre presente na vida de Maria, requisito, para ele, indispensável. Isso porque, apesar de ter uma relação positiva com seu pai, o tempo que passavam juntos era reduzido devido ao trabalho de caminhoneiro do, agora, avô. "Sei que a figura paterna é importante e faz falta na criação de uma criança, então, tenho esse cuidado de ser o mais presente na vida dela", conta. Com o nascimento da pequena, inclusive, o contato entre pai e filho estreitou-se, possibilitando trocas de experiências.

As preocupações da vez são em dar uma boa condição de vida e educação para a filha. Para os novos e ansiosos papais, o autônomo lembra que se sentir inseguro e assustado é normal, o esperado, mas garante que, no momento em que segurarem o bebê pela primeira vez, o medo se transformará em catarse, aliada ao desejo de fazer tudo por ele. "Nunca idealizei ser o pai perfeito, mas, sim, o pai possível. Quero que minha menina saiba que sempre poderá contar comigo para tudo o que precisar", finaliza.

E nasce um pai

O primeiro filho de Guilherme Szerwinsk Camargos, 32 anos, servidor público, não foi planejado. Na época, ele e a esposa, Flávia, estavam apenas namorando e, com a notícia, se mudaram por um tempo para a casa da mãe dele. Tiveram que “se virar nos 30”. Meses depois, conseguiram comprar uma casa às pressas e foi lá que Gabriel Rios Camargos, de 2 aninhos, chegou. Tendo experiência com Gabriel, a família estava mais arranjada quando recebeu a segunda filha, um ano depois, a pequena Ana Cecília Rios Camargos.

A paternidade o fez descobrir um amor que nem sabia que existia. “O Gabriel me ensina muito todos os dias. Quando quebra algo, por exemplo, de prontidão já se desculpa. Como repreender isso? Apenas digo que está tudo bem e vida que segue.” Mesmo com ciúmes da irmã mais nova, é o primogênito que lhe acalma no momento de trocar a fralda. “Ele fala: ‘calma, maninha, estou aqui.”

Guilherme, que sempre foi mais durão, se viu sensível com a paternidade. E é isso o que mais o encanta no ser pai. Com os filhos, começou a enxergar o mundo com outros olhos e, o que antes não lhe chamava a atenção, hoje, emociona-lhe. A figura daquele pai autoritário e que transmite medo jamais foi o que ele desejou ser. Durante a gestação, leu livros e artigos sobre educação positiva e pedagogia, seguiu pessoas da área nas redes sociais. Agora, está conseguindo aplicar isso na prática e entende que não há espaço para tanta pressão. “Todo dia é um desafio novo, a gente erra, acerta, faz o que não deveria fazer, conserta o erro.”

“Pode me tirar qualquer coisa, não tirando meus filhos, a vida continua”, diz. E ele faz questão de pontuar que ser pai não é como aparece nas redes sociais, como se fosse tudo lindo. Na realidade, é difícil e cansativo. “As fraldas não serão trocadas sozinhas de madrugada. E, pensando em ser mais presente e não sobrecarregar a mãe, não custa nada acordar um pouco mais cedo, lavar as louças ou as roupas, organizar os brinquedos… Isso faz diferença”, acredita.

Ele próprio se cuida muito mais agora. Sente que, se ficar doente, pode prejudicar a vida dos filhos. “Se não, quem vai cuidar deles?”, questiona. Se antes adorava aventuras, como pular de paraquedas, hoje, recusa-se a fazer qualquer atividade em que possa correr algum perigo.

O resultado do balanço que Guilherme faz é satisfatório. Ao chegar do trabalho, o tempo é totalmente dedicado aos pequenos. E elencar prioridades dentro de casa é essencial para o bem-estar da família. Antes, o casal tinha a preocupação de tentar manter a casa limpa e organizada a todo tempo e acabavam ficando estressados com todas as tarefas. Para que isso não influenciasse os filhos, optaram, então, pelo tempo de qualidade com eles, mais que deixar tudo em ordem — parte que está entre as mais cansativas da paternidade, na opinião de Guilherme.

Quando o assunto é a relação com o pai na infância e adolescência, Guilherme lembra de ele ser presente. Confessa que sentiu falta, entretanto, de mais orientações e conselhos no que tange aos estudos — “como sentar comigo e perguntar sobre o que eu estava precisando”, detalha. Mas há ensinamentos marcantes que pretende repassar aos filhos. “Quem rouba, mente”, o pai dizia-lhe, e Guilherme, hoje, ensina o mesmo aos pequenos.

O futuro guarda algumas inquietações — coisa de pai, sabe? Ele compara que, na própria infância, brincou bastante com os amigos na rua, com maior liberdade do que as crianças têm hoje. “Será que meus filhos poderão viver isso também? Será que ficarei em paz com eles ‘soltos’ assim na rua, como eu ficava?”, preocupa-se.

Para os pais de primeira viagem, deixa o recado: “Quando nasce um filho, nasce também um pai”. Apesar das necessidades de estudar muito sobre o assunto anteriormente, muita coisa se aprende na prática. “Tudo passa muito rápido. Tente ser o melhor pai possível, pois essas lembranças estarão no subconsciente da criança e a afetarão de forma direta. É um grito que deixamos de dar, um sorriso que aparece em nosso rosto mesmo com o cansaço… Tudo, para a criança, tem grande significado”.

Se você está perdido e assustado, está no caminho certo

É impossível falar em paternidade sem considerar as relações (e desigualdades) de gênero. Conforme explica a socióloga e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Ana Liési Thurler, esse papel, que não é uma vivência única nem homogênea, é transpassado por masculinidades tóxicas, responsáveis por reproduzirem padrões patriarcais — pai rígido, que não brinca nem expressa emoções. Pais mais jovens, da geração millennial, já tendem a questionar esses modelos e buscar construir diálogos com os filhos, em uma relação mais horizontal. “Novas masculinidades constroem novas paternidades”, resume.

Em concordância, a educadora parental Talita Costa lembra que para construirmos esse imaginário de paternidade ativa e cuidadosa será preciso um ativismo muito forte da parte dos homens, “o que significa bater de frente, por exemplo, com a desigualdade de gênero”, explica. Assim, é preciso lidar, inicialmente, com a própria masculinidade, mostrando-se disponível a se vulnerabilizar, visto que essa mobilização começa no se conhecer e se desconstruir, no se permitir sentir, estar presente e zelar pelo filho.

Não é fácil. No entanto, se os homens se propõem a isso, o discurso vai mudando e, consequentemente, chegando a outros pais, naturalizando-se. Mas não vale ficar só nos estudos, é necessário ação. Para os que vão encarar essa experiência pela primeira vez e estão com medo, Talita deixa o recado: “Se você está perdido e assustado, você está no caminho certo. Afinal, mães também se sentem assim, apesar de a sociedade não reconhecer, e seguem tentando dar o melhor. Estar perdido e assustado é o primeiro indicador de que você é pai”.

Então, nada de sentir-se dispensado dessa função por conta das preocupações; a construção de afeto ocorre no dia a dia, inclusive nas dificuldades. “Lute pelo seu direito de passar perrengue como pai. Vá atrás”, completa. Ademais, é fundamental estudar sobre as demandas de uma criança, sobre desenvolvimento, rotina de sono e introdução alimentar. Pesquise sobre creches, vacinas, bons pediatras; busque informações e saiba ao máximo para conduzir a situação da melhor forma.

Por último, é importante buscar terapia para compreender como esse discurso hegemônico de paternidade lhe impacta, como a figura do seu pai te impactou e como você deseja ser enquanto pai — além do que será desconstruído desse seu querer. Permitir-se chorar e compartilhar vulnerabilidades pode ser fundamental no momento de entrega, a fim de aceitar errar, conduzir novamente, ser amoroso e afetuoso, mesmo com as dificuldades.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

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