Jornal Correio Braziliense

Cultura pop

Referência brasileira no K-pop, Francinne dá dicas de moda e beleza

Quando o assunto é cultura coreana e música, a cantora é considerada a primeira Idol do Brasil, sem ascendência asiática, a estrear neste universo

Quem acompanha clipes e apresentações de grupos de K-pop percebe, logo de cara, a excelência que os artistas coreanos demonstram no canto e nas coreografias. Evidentemente, esses resultados são fruto de uma preparação incansável e de inúmeros ensaios antes das gravações. É preciso ter fôlego e muita dedicação, requisitos que a cantora Francinne tirou de letra, recebendo elogios pela sua pronúncia do idioma e pelas performances que realiza.

“Eles (os coreanos) ficam admirados quando me ouvem cantar, pois dizem que minha pronúncia é muito boa e que, quando fecham os olhos, é como se escutassem uma coreana cantando. Fico muito feliz por atingir esse objetivo”, celebra. Recentemente, a artista participou de alguns programas nas emissoras de mais audiência do país, como a MBC e a Arirang TV, para apresentar seu trabalho chamado Fading Like a Moon, lançado no final de 2021. O clipe da música foi gravado em Seul e resultou em uma versão em português, unindo de vez as culturas do ocidente e oriente.

Já a canção Goodbye, seu último lançamento, contou com uma super produção gravada na Coreia, em cidades cenográficas onde são produzidos os K-dramas. Com makes e looks admirados por fãs e fashionistas, suas redes sociais contam com milhões de seguidores, além de publicidade e parcerias com marcas e lojas famosas.

Três perguntas para Francinne

Quais hábitos de beleza adquiriu por influência do K-beauty?

Cuidar da pele é cultural na Coreia do Sul, algo que as pessoas aprendem desde cedo. Aprendi a fazer o passo a passo do skincare (demaquilante, higienizador, esfoliante, tônico, essência, sérum, máscara facial, creme para os olhos, hidratante e protetor solar) e a minha pele melhorou muito, inclusive para receber a make. A parte da hidratação, por exemplo, é essencial. Além disso, algo que não abro mão no K-beauty é o glitter, usado pelas coreanas independentemente do horário ou do lugar. Amo um brilho.

E quanto à moda, como classifica o seu estilo e quais são suas inspirações na Coreia do Sul e no Brasil? Qual peça considera indispensável para montar um look com a sua cara?

Não me considero uma pessoa com apenas um estilo, pois há dias que quero me vestir de maneira bem formal e outros que só desejo um moletom ou um look mais despojado. A moda tem bastante destaque aqui na Coreia, é muito consumida, e as pessoas adoram estar por dentro das tendências. Eu me inspiro muito no black pink, tanto nas composições cotidianas quanto naquelas usadas nos palcos. Do Brasil, gosto de pegar referências das blogueiras de moda, como a Camila Coutinho e a Gabi Lopes. No geral, minhas peças favoritas são camisa branca, com gravata ou com colete, e blazer.

Fotos: Moroni Curz - Um dos looks escolhidos para o Lollapalooza, em 2023

Quais são os planos para a carreira em 2023? Podemos esperar um intercâmbio entre o K-pop com o pop nacional?

Uma das características do meu trabalho, desde que assinei com a empresa coreana, é sempre trazer um pouco da Coreia para os meus trabalhos e, agora, o objetivo é fazer um intercâmbio entre o país asiático e o Brasil. Estamos com um time de compositores, das duas nações, muito bom, além de produtores capacitados. Em breve, traremos músicas incríveis, com um lançamento marcado agora para maio. Essa canção foi feita, inclusive, por compositores brasileiros que estudaram K-pop. Então, todos estão muito empolgados para mostrar esses resultados ao público, com bastante coreografia, claro, do jeito que o kpopper gosta.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte