O Google está construindo uma inteligência artificial (IA) para conversar com usuários como se fosse uma celebridade. O projeto, que deve usar o modelo de linguagem do Gemini, foi divulgado pelo site The Information nesta segunda-feira, 24, e pode ser mais uma das IAs que querem aproximar fãs de artistas por meio da tecnologia.
Segundo o The Information, o Google ainda não teria definido quais celebridades poderiam participar do projeto, mas a ideia central é que o recurso funcione como um chatbot para interagir com usuários. Um grupo de 10 pessoas liderado por Ryan Germick, da equipe de Google Doodles, estaria desenvolvendo a ferramenta, de acordo com o site.
Empresas como a Character.AI e a própria Meta, de Mark Zuckerberg, já oferecem serviços em que os usuários podem fingir estar conversando com celebridades do mundo real. Na Character.AI, empresa cofundada pelo brasileiro Daniel de Freitas, personalidades como Winston Churchill, Billie Eilish, Elon Musk, Tony Stark ou Sócrates podem ser responder perguntas do público, em uma brincadeira que faz o chatbot incorporar o estilo de cada artista nos textos e nas informações.
Já na Meta, a interação é um pouco mais sutil. A empresa fez parcerias com personalidades como Snoopy Dogg, Charli DAmelio, Naomi Osaka, Tom Brady e Paris Hilton para que eles dessem vida a um personagem fictício. Esses personagens, baseado em características dos artistas - e com uma ajudinha dos próprios para desenvolver um tipo de comunicação - é que conversam com os usuários pelo WhatsApp. A ferramenta, porém, ainda não está disponível no Brasil.
Agora, o Google quer entrar na mesma onda para ajudar a popularizar sua IA que já tem usos semelhantes ao ChatGPT, da OpenAI. O Gemini é integrado, atualmente, nas buscas e em serviços da gigante das pesquisas, como Google Docs, Planilhas e Gmail, além de ter uma plataforma própria para o chatbot.
Ainda, de acordo com o The Information, o recurso é, por enquanto, um experimento da divisão de Labs da empresa, o que significa que a ferramenta pode ou não vir a público, já que está em caráter experimental.