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Pernambucanas encerra venda de celulares devido ao mercado cinza

Rede de varejistas Pernambucanas não venderá mais celulares diante da concorrência de marketplaces e modelos irregulares

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Pernambucanas -  (crédito: Divulgação/Pernambucanas)
Pernambucanas - (crédito: Divulgação/Pernambucanas)
Vinícius Moschen - Canaltech
postado em 28/06/2024 15:48 / atualizado em 28/06/2024 16:57

A Pernambucanas, tradicional varejista brasileira com foco em vestuário, encerrará a venda de celulares em suas lojas. A decisão foi anunciada em um cenário de crescimento do “mercado cinza” de smartphones, com modelos que chegam ao país de forma irregular. 

Pernambucanas adotará nova estratégia de negócios (Imagem: Divulgação/Pernambucanas)

De acordo com nota enviada pela empresa ao portal NeoFeed, a retirada dos smartphones da loja ocorrerá de forma gradual. A assessoria ainda apontou que o movimento faz parte de uma “estratégia contínua e ampla de negócios, com investimentos em produtos que dão maior margem [de lucro]”. 

Ao mesmo tempo, a Pernambucanas também deve fechar algumas de suas lojas, e adequar seu quadro de funcionários. Estima-se que aproximadamente 400 quiosques ou pontos de venda sejam modificados com a saída dos celulares. 

Um estudo da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) apontou que a quantidade de celulares contrabandeados vendidos no Brasil saltou de 10% para 25% entre os anos de 2022 e 2023, respectivamente. 

Empresa deixará de vender celulares (Imagem: Divulgação/Pernambucanas)

Trata-se de um mercado que movimentou cerca de 6,2 milhões de unidades no ano passado, em que aproximadamente 90% dos aparelhos são vendidos por meio de anúncios em marketplaces. 

Recentemente, o Magalu foi apontado pela Anatel como líder no combate a celulares sem registro, com 0% de irregularidades. 

Atualmente, a rede Pernambucanas não utiliza as suas plataformas online para vender celulares. A comercialização exclusiva em ambientes físicos é considerada uma estratégia “condenada” por analistas, já que grande parte dos consumidores finalizam a aquisição pela internet. 

Afinal, pelas plataformas online é possível encontrar preços mais baixos, além de encontrar mais detalhes sobre os modelos desejados. Estima-se que celulares irregulares vendidos na web tenham preços 38% mais baixos, em média. 

Além disso, a concorrência também se acirrou com outras plataformas, como vendas em aplicativos de mensagem como WhatsApp e Telegram. As próprias marcas têm reforçado as vendas em seus sites, algumas vezes com brindes extras acompanhando os celulares. 

O tema da venda de celulares ilegais tem ganhado destaque nos últimos dias, principalmente por conta das possíveis punições da Anatel contra plataformas como Amazon e Mercado Livre. 

Fonte: NeoFeed, Abinee

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