"Até 10 de outubro passado, um total de 1.396 novas substâncias psicoativas (NSP) foram reportadas ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Portanto, é imprescindível manter o método atualizado com as novas substâncias psicoativas reportadas, ou, para ser mais realista, com aquelas que representam as diferentes estruturas químicas circulando no mercado ilícito de drogas. Esse é um desafio enorme, que somente um esforço coletivo é capaz de alcançar.
Temos visto um enorme avanço no desenvolvimento de métodos portáteis de triagem de substâncias psicoativas no mundo, e o Brasil tem sido protagonista nessa área. O sucesso dessa abordagem está relacionado às parcerias estimuladas pelos órgãos de fomento à pesquisa no Brasil, como CAPES, CNPq e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, bem como à aproximação e ao trabalho conjunto das partes interessadas na produção de evidências científicas para a produção de políticas públicas nas áreas de saúde e segurança."
Luciano Arantes, pesquisador e membro do comitê gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Substâncias Psicoativas (INCT-SP)