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Gastronomia

Sabores da Amazônia: a culinária que vai temperar os debates da COP30

Descubra os ingredientes e pratos típicos da região de Belém que mostram como a gastronomia pode ser uma poderosa aliada da sustentabilidade

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Com a aproximação da COP30, que será realizada em Belém, entre 10 e 21 de novembro, os sabores da Amazônia ganham destaque global. Muito além de temperar os debates sobre o futuro do planeta, a culinária paraense se apresenta como um exemplo prático de sustentabilidade e bioeconomia. Assim, mostra como a floresta em pé pode gerar riqueza, cultura e desenvolvimento.

A gastronomia local é uma vitrine da biodiversidade. Ingredientes como o tucupi, um caldo amarelo extraído da mandioca brava, o jambu, erva que causa uma leve dormência na boca, e a castanha-do-pará nascem diretamente de um ecossistema equilibrado. O uso desses produtos valoriza o conhecimento de comunidades tradicionais e incentiva a preservação ambiental como modelo de negócio.

Comer em Belém é uma experiência que possibilita conexão direta com o bioma. Com muitos originados da cultura indígena, os pratos revelam uma relação de respeito e dependência com os ciclos da natureza. O peixe de rio, o açaí consumido como acompanhamento salgado e as frutas exóticas são a prova de que a identidade de um povo está ligada à conservação do território.

Essa relação transforma cada refeição em uma aula sobre a importância da Amazônia. Em vez de apenas discutir políticas de desmatamento em salas de conferência, a culinária oferece uma vivência real do que está em jogo. Assim, os debates sobre o clima se tornam mais palpáveis e urgentes.

Guia rápido para provar os sabores de Belém

Para entender essa riqueza na prática, conhecer os pratos essenciais é o primeiro passo. Cada um deles conta uma parte da história da região e de sua relação com a floresta. Veja o que não pode faltar no seu roteiro gastronômico:

  • Tacacá: uma sopa servida quente em cuias, é um ícone da comida de rua. Leva tucupi, goma de tapioca, folhas de jambu e camarão seco. A combinação de sabores e a sensação do jambu são únicas.
  • Pato no Tucupi: prato tradicionalmente servido em festas, como o Círio de Nazaré. O pato é cozido lentamente no tucupi, resultando em uma carne macia e um molho ácido e profundo, finalizado com folhas de jambu.
  • Maniçoba: conhecida como a “feijoada paraense”, é feita com folhas de maniva (a planta da mandioca) moídas e cozidas por sete dias para eliminar o veneno. Depois, são adicionadas carnes de porco e outros embutidos.
  • Açaí original: diferente da versão doce popular no resto do Brasil, o açaí paraense é um creme espesso e sem açúcar, servido como acompanhamento para peixe frito, charque ou camarão, junto com farinha d’água.
  • Pirarucu de casaca: um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu é protagonista em várias receitas. Nesta versão, ele é desfiado e refogado com legumes, cheiro-verde e misturado com farinha d’água, servido como uma farofa úmida e saborosa.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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