A era dos mesacasts: como o formato de podcast filmado virou febre
Com o PodDelas entre os mais populares do país, entenda o fenômeno dos videocasts que transformaram a maneira como o brasileiro consome entrevistas e debates

A recente polêmica envolvendo as influenciadoras Boo Unzueta e Tata Estaniecki, ex-parceiras no podcast “PodDelas”, jogou luz sobre um fenômeno que transformou o consumo de conteúdo no Brasil: a era dos mesacasts. O debate sobre o fim da amizade e da parceria profissional expôs o poder que esses programas, essencialmente podcasts filmados, conquistaram junto ao público.
O formato, também conhecido como videocast, não é novo, mas sua popularidade explodiu nos últimos anos. A fórmula une a espontaneidade de uma conversa de bar com a qualidade técnica de uma produção de estúdio, geralmente com longas entrevistas que fluem de maneira natural e sem roteiro rígido. Essa característica cria uma sensação de proximidade e autenticidade que a televisão tradicional raramente consegue alcançar.
Diferente de um podcast apenas em áudio, o mesacast adiciona a camada visual. As reações, a linguagem corporal e o ambiente do estúdio se tornam parte da experiência. Isso torna o conteúdo ideal para plataformas como o YouTube e para cortes que viralizam em redes sociais como TikTok e Instagram, ampliando exponencialmente o alcance de cada episódio.
O que explica o sucesso?
Vários fatores contribuem para a ascensão dos mesacasts. O formato permite um aprofundamento em temas que dificilmente teriam espaço na mídia convencional. Enquanto uma entrevista de TV dura poucos minutos, um bate-papo em um videocast pode ultrapassar três horas, permitindo que convidados desenvolvam suas histórias com calma e detalhes.
Essa dinâmica transformou os apresentadores em grandes celebridades e os programas em plataformas de influência. Programas como o “PodDelas” não são apenas canais de entrevista, mas negócios lucrativos que movimentam publicidade, patrocínios e eventos, construindo comunidades fiéis em torno dos seus anfitriões.
O interesse massivo na relação entre Boo e Tata demonstra justamente isso. O público não acompanha os mesacasts apenas pela informação ou pelo entretenimento, mas também pela conexão quase pessoal que desenvolve com os apresentadores. A linha entre o conteúdo profissional e a vida pessoal se torna tênue, e é nesse território que o formato se consolida como a principal arena de debates e influência da atualidade.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.