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De Trump a Sarkozy: ex-presidentes que também ficaram na mira da Justiça

O caso de Bolsonaro não é único no mundo; relembre as trajetórias de outros líderes globais que enfrentaram processos e condenações após deixarem o poder

De Trump a Sarkozy: ex-presidentes que também ficaram na mira da Justiça
Crédito: Em 21 de outubro deste ano, o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi preso por conspiração criminosa

A situação jurídica de Jair Bolsonaro no Brasil ecoa um movimento global: ex-presidentes que se tornam alvo da Justiça após deixarem o poder. De Donald Trump nos Estados Unidos a Nicolas Sarkozy na França, o fim do mandato presidencial frequentemente abre caminho para investigações e processos que antes eram barrados pela imunidade do cargo.

Esse fenômeno mostra que, em muitas democracias, o status de ex-chefe de Estado não garante passe livre contra acusações de crimes cometidos antes, durante ou depois da gestão. As investigações abrangem desde corrupção e abuso de poder até questões financeiras e obstrução de justiça, colocando em teste a força das instituições.

Donald Trump e a série de processos

Nos Estados Unidos, Donald Trump se tornou o primeiro ex-presidente a enfrentar acusações criminais. Sua lista de problemas judiciais é extensa. Ele responde a processos sobre o manuseio de documentos sigilosos após deixar a Casa Branca, seu papel na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e supostas fraudes financeiras em suas empresas em Nova York.

Cada caso avança em um ritmo diferente, com implicações que podem afetar sua carreira política e seu patrimônio. A situação de Trump ilustra como a transição da presidência para a vida civil pode ser marcada por batalhas legais complexas e de alto impacto midiático.

Nicolas Sarkozy e a condenação na França

Na França, Nicolas Sarkozy também teve um pós-presidência movimentado nos tribunais. Ele foi condenado em processos distintos, um por corrupção e tráfico de influência e outro por financiamento ilegal de campanha eleitoral.

Em um dos casos mais notórios, a Justiça concluiu que ele tentou obter informações sigilosas de um magistrado em troca de uma promessa de cargo. As condenações, incluindo penas de prisão, mancharam sua biografia política e serviram como um forte recado sobre a responsabilização de líderes no país.

Líderes na América do Sul e Europa

O cenário se repete em outros lugares. Na Argentina, a ex-presidente Cristina Kirchner foi condenada por fraude na administração pública. Na Itália, Silvio Berlusconi, embora já falecido, enfrentou dezenas de processos ao longo de sua vida, com uma condenação por fraude fiscal que o afastou temporariamente da política.

Esses exemplos demonstram um padrão em que o fim da imunidade presidencial funciona como um gatilho para a responsabilização. As investigações revelam a tensão entre poder político e a aplicação da lei, um desafio constante para democracias ao redor do mundo.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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