Leilão da Receita Federal: como funciona para comprar produtos baratos
Entenda o passo a passo para participar dos leilões, desde o cadastro até o lance final; veja se realmente vale a pena e quais são os riscos

Comprar produtos como iPhones, videogames e até carros por preços bem abaixo do mercado é possível nos leilões da Receita Federal. O processo é totalmente online e aberto a pessoas físicas e jurídicas, mas exige atenção a algumas regras para evitar surpresas. Os leilões reúnem mercadorias apreendidas ou abandonadas, que são vendidas em lotes para arrecadar fundos para a União.
A participação ocorre de forma digital, o que facilita o acesso de interessados de todo o país. Os itens disponíveis variam a cada edital, mas frequentemente incluem eletrônicos, veículos, vestuário e equipamentos industriais. O principal atrativo é o valor inicial dos lances, que pode representar uma economia significativa em relação ao varejo tradicional.
Como participar do leilão da Receita Federal?
O processo para dar lances exige um preparo prévio. O primeiro passo é obter um certificado digital e-CPF, no caso de pessoa física, ou e-CNPJ, para empresas. Esse certificado funciona como uma identidade virtual e é essencial para garantir a segurança das transações. Ele pode ser adquirido em autoridades certificadoras autorizadas.
Com o certificado em mãos, o próximo passo é acessar o Sistema de Leilão Eletrônico (SLE) no portal e-CAC da Receita Federal. Após o acesso, é necessário selecionar o edital do leilão desejado e ler atentamente todas as regras. O documento detalha os produtos, os lances mínimos, as condições de pagamento e os prazos para retirada dos itens.
Após escolher um lote, o interessado pode registrar suas propostas. Essa etapa geralmente fica aberta por alguns dias. Em seguida, ocorre a sessão pública para lances, na qual os participantes podem cobrir as maiores propostas em tempo real, de forma semelhante a um leilão presencial.
Afinal, vale a pena comprar nos leilões?
Apesar dos preços atrativos, é crucial entender os riscos. Os produtos são vendidos “no estado em que se encontram”, ou seja, sem garantia de funcionamento e sem possibilidade de devolução. Muitos editais permitem a visitação prévia dos lotes, uma etapa recomendada para inspecionar pessoalmente o que se pretende adquirir.
Além disso, o valor do lance não é o custo final. Sobre o montante arrematado incide o ICMS, imposto estadual cuja alíquota varia. Também podem existir despesas com a retirada e o transporte dos produtos, além de possíveis taxas de armazenagem caso o prazo para remoção não seja cumprido.
Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem participar, mas é preciso verificar as regras de cada edital. Alguns lotes, especialmente os que contêm grandes quantidades de mercadorias, são destinados exclusivamente a empresas com o objetivo de revenda.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.