O marketing da polêmica: como famosos usam brigas para se manter em alta

A recente troca de farpas entre Andressa Urach e o cantor Zé Felipe, que terminou com comentários irônicos da influenciadora, é o mais novo exemplo de uma tática cada vez mais comum no mundo das celebridades: o marketing da polêmica. Mais do que um desentendimento casual, essas controvérsias são frequentemente calculadas para gerar engajamento e manter nomes em evidência.

A lógica por trás dessa estratégia é simples. Em um ambiente digital saturado de informações, a atenção do público se tornou uma moeda valiosa. Discussões acaloradas, alfinetadas e desentendimentos públicos geram um volume massivo de comentários, compartilhamentos e notícias, alimentando os algoritmos de redes sociais como Instagram, TikTok e X (antigo Twitter).

Como funciona a estratégia

Na prática, a criação de uma rivalidade, mesmo que superficial, mobiliza as bases de fãs e atrai a curiosidade do público geral. A tática se apoia na máxima de que “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. A visibilidade gerada por uma briga pode ser maior do que a alcançada com o lançamento de um novo trabalho, como uma música ou um filme.

Muitas vezes, esses conflitos são construídos com base em declarações vagas, posts enigmáticos ou respostas atravessadas em entrevistas. O objetivo é criar uma narrativa onde o público se sinta compelido a tomar um lado, gerando debates que podem durar dias ou semanas e mantendo os envolvidos nos tópicos mais comentados da internet.

O resultado direto desse aumento de visibilidade é financeiro. Um perfil com alto engajamento se torna mais atrativo para marcas, resultando em novos contratos publicitários, convites para eventos e um aumento geral no valor de cachês e parcerias. A polêmica, nesse contexto, vira um investimento na própria imagem.

Contudo, a tática não é isenta de riscos. Uma controvérsia mal calculada ou uma fala que ultrapasse certos limites pode levar ao chamado “cancelamento”, com a perda de seguidores, patrocinadores e danos que podem ser difíceis de reverter. O equilíbrio entre gerar debate e não afastar o público é o principal desafio para quem adota essa abordagem.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.