Violência de gênero: como cinco países conseguiram reduzir seus índices
Conheça as políticas públicas e mudanças culturais que ajudaram nações como Espanha e Canadá a se tornarem referência no combate à violência contra a mulher

Enquanto a violência de gênero segue como um desafio global, diversos países demonstram que é possível reduzir esses índices com políticas públicas eficazes e mudanças culturais. Nações como Espanha e Canadá, por exemplo, implementaram estratégias que se tornaram referência mundial. Elas combinam legislação rigorosa, educação contínua e uma rede de apoio robusta para as vítimas, mostrando que um esforço coordenado gera resultados concretos.
Abordagens bem-sucedidas geralmente envolvem ações em várias frentes, desde a punição de agressores até o empoderamento econômico e psicológico das mulheres. Conheça cinco exemplos de países que conseguiram avanços significativos nessa área.
Estratégias que funcionam ao redor do mundo
Espanha
O país é um dos casos mais emblemáticos. Sua lei integral contra a violência de gênero, aprovada em 2004, aborda o problema de forma multifacetada. A legislação criou tribunais especializados para agilizar os processos e garantir sentenças mais justas. Também ampliou as medidas de proteção e garantiu assistência jurídica, social e psicológica gratuita, além de ajuda financeira para que as vítimas possam reconstruir suas vidas.
Canadá
O Canadá adotou uma estratégia nacional de dez anos com foco em prevenção e apoio direto. O governo destinou bilhões de dólares para fortalecer abrigos e casas de transição para mulheres e crianças em todo o país. A iniciativa desenvolve programas específicos para comunidades mais vulneráveis, como mulheres indígenas e membros da comunidade LGBTQIA+, reconhecendo as diferentes formas como a violência se manifesta e buscando soluções personalizadas.
Nova Zelândia
A Nova Zelândia inovou ao tratar a violência doméstica como uma questão de saúde e segurança no trabalho. Desde 2018, uma lei pioneira garante às vítimas até 10 dias de licença remunerada. Esse período permite que busquem moradia segura, compareçam a audiências judiciais e protejam a si mesmas e seus filhos, tudo sem o risco de perder o emprego ou a fonte de renda em um momento de extrema vulnerabilidade.
Islândia
Consistentemente no topo dos rankings globais de igualdade de gênero, a Islândia aposta na educação como sua principal ferramenta de prevenção. O país implementou programas obrigatórios nas escolas que ensinam sobre consentimento, masculinidade saudável e igualdade desde cedo. Leis rígidas de paridade salarial e uma das maiores taxas de representação feminina na política criam um ambiente social que desestimula a discriminação.
Suécia
A Suécia foi pioneira com uma abordagem que mudou o paradigma global. Ao adotar o “modelo nórdico”, o país tornou crime a compra de serviços sexuais, mas não a venda. A lei, em vigor desde 1999, enquadra a prostituição como uma forma de exploração e violência de gênero. A estratégia busca diminuir a demanda para reduzir o tráfico de mulheres e a exploração sexual em suas raízes.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.