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De Paris à Belo Horizonte, passando por Barbacena

De Paris à Belo Horizonte, passando por Barbacena -  (crédito: Uai Turismo)
De Paris à Belo Horizonte, passando por Barbacena - (crédito: Uai Turismo)
De Paris à Belo Horizonte, passando por Barbacena (Foto: Freepik)

Dia 26 de julho começa a XXXIII edição dos Jogos Olímpicos que serão realizados em Paris. Mais do que olhos voltados para a competição, nos bastidores, temos uma grande operação de eventos e claro, um super aquecimento da atividade turística.

Para além de atletas, comissões técnicas, imprensa especializada, os jogos são uma oportunidade para aficionados pelos esportes, que terão como cenário nada menos que a cidade luz.

Não à toa são esperados em torno de 16 milhões de visitantes em todo o período, em toda a França, que já prospecta os impactos também no entorno da cidade sede, e claro, toda a mídia espontânea que o evento gera, seja com a veiculação de notícias prévias, seja com imagens da competição. A realização dos jogos, desde o planejamento da candidatura da cidade, passando pelo anúncio oficial, seguido pela execução de projetos de infraestrutura e preparo dos serviços, até a realização do evento, demanda uma série de iniciativas de prospecção, plano, diálogos, e claro, investimentos.

Transformação de um destino a partir de um grande evento

Eventos esportivos de grande porte, como os jogos olímpicos, podem transformar completamente a realidade de destinos diversos, um dos casos mais emblemáticos deste resultado é a cidade de Barcelona, na Espanha, que, ao se preparar para os Jogos Olímpicos de 92, promoveu uma profunda transformação urbana e, por consequência, gerou uma transformação de sua imagem que alterou a percepção do mundo sobre si mesma. Hoje, mais de 30 anos depois, a cidade segue sendo um dos principais destinos turísticos do mundo, uma das principais cidades da Europa e, claro, passa por desafios outros, mas, é no mínimo coerente compreender que o território soube, a partir de uma oportunidade, mudar seu curso.

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Chegar aos jogos olímpicos, seguramente deve ser, se não o maior, dos maiores sonhos de atletas em formação e profissionais. Ter a oportunidade de representar seu país, se desafiar, bater recordes, não é pra qualquer um, requer disciplina, dedicação e saber aproveitar as melhores oportunidades.

Investimento em ações de base: não é fácil mas é necessário

Porém, para isso, são necessárias as ações de base. Desde a formação escolar, a prática de atividades físicas, a participação em treinamentos, o despertar para formação de equipes, a oportunidade de participar em campeonatos amadores e depois, competições oficiais.

Da mesma forma que um atleta se forma aos poucos, dando um passo de cada vez, os eventos esportivos também possuem diferentes “escalas” e, geram impactos distintos, em diferentes níveis. Estamos falando desde os eventos locais, como campeonatos escolares e municipais, passando pelos regionais, estaduais, nacionais, chegando às competições internacionais.

Para todos eles, temos o envolvimento de profissionais do setor de eventos, equipes de atletas, comissões técnicas, árbitros, serviços de apoio diversos como atendimento médico, alojamentos, transportes, alimentação, e claro, as torcidas. Grupos de familiares e amigos que se deslocam para apoiar os atletas durante competições, nos jogos aos finais de semana, que celebram as vitórias e apoiam em cada derrota na quadra. Momentos estes que criam memórias únicas, contribuem para a formação e para que, as gerações futuras possam estar presentes em seleções daqui 10, 15, 20 anos, competindo nos jogos olímpicos, assim como os atletas que estarão em Paris.

Porém, é de conhecimento público que, nem sempre, o caminho a ser percorrido pelos atletas e a valorização dos esportes de modo geral, é fácil. É comum vermos campanhas para arrecadação de recursos que busquem financiar passagens e gastos em geral dos atletas, muitos deles já profissionais, para participarem de competições diversas, especialmente em modalidades esportivas pouco conhecidas, ou ainda, pouco valorizadas.

Iniciativas

Foto: Andreyuu/iStock

Uma forma de driblar esta questão e, contribuir para a mudança, vem das diversas iniciativas em prol do desenvolvimento e valorização dos esportes. Gostaria de destacar duas, que entendo que contribuem para isso, se tornando um eixo de inovação social, a partir da prática esportiva do handebol. Um dos esportes mais praticados nas escolas, mas, que ainda não alcançou o devido reconhecimento frente ao grande público, patrocinadores e instituições nacionais. A primeira, a  Associação Buritis de Esporte e Cultura – ABESC, fundada em 2009 e a segunda, o Instituto Lincoln Raso, fundado em 2018.

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A ABESC tem por objetivo se tornar uma entidade referência na modalidade esportiva do handebol em Minas Gerais, para isso, desenvolve projetos diversos de treinamento de professores, capacitação de técnicos e formação de atletas da modalidade. Já o Instituto Lincoln Raso tem por missão, perpetuar e expandir o legado do Professor Lincoln Raso, referência nacional em handebol, responsável pelos anos de melhores resultados da modalidade em Minas Gerais, sendo até hoje, ícone para atletas e treinadores.

O Professor Lincoln Raso nasceu em Barbacena/MG e mudou ainda criança para Belo Horizonte, onde iniciou seus estudos e sua atuação esportiva. Impactou a vida de diversos jovens, entre eles, os fundadores do instituto que leva seu nome, seus ex-atletas. Muito de seu legado passa pela inovação na forma de apresentar, treinar e motivar seus atletas, inclusive, a seleção brasileira masculina de handebol. Equilibrava a prática do esporte com o estudo do mesmo, sendo técnico, professor e pesquisador da então recém criada escola de educação física da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ambas entidades atuam em parceria e vem, através de suas atividades, projetos e programas, promovendo mudanças na vida de diversas crianças e jovens, a partir do handebol, através de competições, realização de jogos amistosos, treinamentos e intercâmbios. A primeira, em uma atuação direta nas quadras, e a segunda, preservando a memória de um dos principais nomes do handebol no país, por consequência, a memória do handebol mineiro.

Nota de rodapé:

* Para aqueles que tiverem interesse em conhecer mais os trabalhos do Professor Lincoln Raso, o ILR realizou evento de lançamento de livro específico sobre o tema: “Professor Lincoln Raso: O Homem Handebol”, basta procurar no site da instituição.

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Uai Turismo
postado em 07/05/2024 14:33