Cultura e Turismo

Mudanças climáticas – um cenário preocupante

Temperaturas altíssimas, enchentes desproporcionais e povo sofrido! Entenda a importância de todos juntos reagirmos ao aquecimento global!

Mudanças climáticas – um cenário preocupante -  (crédito: Uai Turismo)
Mudanças climáticas – um cenário preocupante - (crédito: Uai Turismo)
Mudanças climáticas – um cenário preocupante
Mudanças climáticas – um cenário preocupante (Foto: Henrique/ Pixabay)

O Pará já é por natureza e pela sua localização, um estado onde as altas temperaturas predominam em grande parte do ano, apesar da característica de umidade elevada do clima Equatorial. Até mesmo os altos índices de chuva, característicos da região, este ano estão fracassados, aliás, a seca tem maltratado o gado e as plantações.

Tenho percebido, que cada vez que estou em campo com alguma atividade externa no estado do Pará, as temperaturas estão cada vez mais altas. Estamos em um país tropical, mas para um bom mineiro, o sol causticante não é nada agradável. Nestes dias de campo, no sudoeste do estado, na região de Carajás, andar na natureza, debaixo do sol arrebatador, me fez entender direitinho a sensação de um efeito estufa!

Entre uma atividade e outra, observando as pastagens, era comovente perceber que o gado, sempre em grande volume, disputava desesperadamente a sombra de pequenas árvores, à procura de um descanso do castigo do sol intenso.

E aí, fica inevitável comparar o fato de que nos últimos anos, realmente temos tido um aumento notório das temperaturas. Por mais que os irmãos “La e El Niño” insistam em nos mostrar que estão por aqui nas últimas décadas, já não da mais para disfarçar, que o aumento das temperaturas está relacionado ao comportamento humano, às emissões de gases na atmosfera, o CO² principalmente.

Mudanças climáticas

Cena paraense (Foto: Ubiraney Silva)

Este é um assunto muito técnico e muito vasto, porque demanda muita pesquisa e até muita sensibilidade para entendermos o mal, que juntos, estamos fazendo ao nosso planeta. Sim estamos provocando, dia após dia, ano após ano, as mudanças climáticas, que são as alterações no comportamento do clima ao longo dos anos na terra, o planeta em que vivemos.

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Bom lembrar, que apresento esta definição sobre mudanças climáticas, em uma explicação bem rasa e despretensiosa. De qualquer forma, são estas mudanças que interferem, para mais ou para menos, a temperatura média da terra.

Precisamos falar ainda mais sobre isso, é necessário popularizar este tema e dentro do possível, trazer clareza a este problema, de maneira facilitada para que toda a população, independente de seu nível de conhecimento, formação acadêmica, ou de acesso a informações, tenha condição de compreender a gravidade do problema e principalmente colaborar com ações de transformação deste cenário alarmante.

Claro que esta temática já é discutida e difundida em todo o mundo, já que os impactos têm efeitos globais. Já existem inclusive iniciativas competentes, na expectativa de uma reação a todo esse mal que temos feito ao clima no mundo.

Responsabilidade do ser humano

A lástima é que o ser humano, talvez a máquina mais perfeita que exista na face da terra, muitas vezes nascem estragados, com a mente muito prejudicada e com espíritos desprovidos de inteligência e sensibilidade. Deus que me perdoe, mas eu vi com meus próprios olhos o Brasil sofrendo com as queimadas de norte a sul!

Esse ano, a situação passou de todos os limites. Se contribuímos com o aquecimento global, não podemos estranhar caso as mudanças climáticas começarem a nos incomodar!

Da mesma forma, quando percebemos que estamos ficando doentes. É perceptível o aumento das doenças respiratórias! Na hora de atear fogo nas matas, as pessoas não pensam que as mudanças climáticas constituem uma ameaça para a saúde no mundo.  

O ar que respiramos está muito pior e precisamos reagir!

Esta semana, vi pela grande imprensa, que estão para serem comercializados algo em torno de 1 bilhão de reais em créditos de carbono na região amazônica.

Compensação de carbono

Os chamados créditos de carbono significam uma forma inteligente que o primeiro e o segundo setores econômicos acharam para compensar um pouco o volume das emissões de gás carbônico, o grande vilão para o aquecimento global.

Eu ainda não compreendo profundamente como isso funciona, mas fica claro, que a preservação das florestas, o incentivo ao reflorestamento, dentre outras iniciativas, corrobora com os bons resultados de toda esta movimentação.

Imaginem pensarmos, que a absorção de CO² pelas árvores, seria um dia monetizado! Difícil é entendermos a lógica dos montantes necessários para acharmos a correspondência entre volume de árvores necessários para cada tonelada de CO² compensado.

Segundo as informações publicadas nas páginas mais especializadas, como as árvores absorvem o dióxido de carbono, ao preservarmos uma quantidade, até pequena de árvores, com copas e troncos robustos, podemos compensar até uma tonelada de CO² e isso pode ser comercializado internacionalmente! Virou moeda!

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Sugiro que comecem aí a pesquisar mais e conhecer melhor o chamado “mercado de carbono” e sobre as formas e iniciativas inteligentes de contribuição para recuperarmos aos poucos a qualidade do ar que respiramos.

O mercado de carbono

Foto: Peggychoucair/ Pixabay

O Mercado de Carbono, aparece de forma regulada por meio do poder público, que percebe a gravidade do problema e impõe uma condição, uma obrigação para os grandes emissores, no sentido de controlarem as suas emissões. Por outro lado, o Mercado de Carbono acontece muitas vezes pelo voluntariado de pessoas e empresas que entendem o seu dever de compensarem suas emissões.

O Crédito de carbono é uma representação certificada para o volume de emissão que deixou de acontecer. Se não me engano, os cálculos para compensação são feitos tendo como base, uma tonelada de CO², que deixou de ser lançado na atmosfera.

Como disse anteriormente, não é tão simples entendermos tudo isso, mas é inevitável que tenhamos atenção e disposição para participarmos deste processo.

Por isso, as grandes empresas, com ênfase para as mais poluentes, são incentivadas e até obrigadas a pensarem formas de contribuição com o mercado de carbono. O reflorestamento de áreas por exemplo, é uma maneira eficaz de compensação, com a absorção ou com a redução do CO² da atmosfera. Quanto mais resultado, maior o volume de créditos atribuídos ao patrocinador da iniciativa.

Quem decide volumes e valores, são organismos especializados que avaliam tudo por meio de metodologias capazes de certificar que o efeito positivo na atmosfera, realmente existiu.

A parte bonita e financeira do tema, é muito interessante, porque os créditos de carbono são conquistados para serem comercializados, mas por agora, confesso que não consigo estabelecer uma lógica que contribua com a sua compreensão sobre esta movimentação, assim, prefiro deixar esta questão, para uma outra oportunidade.

Vamos lutar contra o avanço das mudanças climáticas

Para caminharmos para o final da reflexão de hoje, reforço que todos nós temos condições de participarmos da luta para barrarmos o avanço das mudanças climáticas. Precisamos pensar e agir no sentido de reduzirmos as emissões de gases para a atmosfera.

Vamos juntos pensar sobre como podemos unir forças em nossos meios, nossas famílias, nossas comunidades para promovermos práticas sustentáveis, alinhadas com os preceitos do comportamento ESG e porque não dizer dos objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela ONU. Os famosos ODS.

Todos nós, se não fizermos, certamente veremos perto de nós pessoas engajadas no esforço do reflorestamento, ainda que em suas propriedades privadas, veremos vizinhos, prefeituras e organizações investindo em energia limpa como a energia solar por exemplo, conheceremos programas escolares que incentivem a redução do consumo em geral, principalmente o consumo de energia e claro, a redução na produção do nosso lixo diário, e quando o produzirmos, que iniciemos o seu tratamento ainda em nossa residência, com a coleta seletiva, facilitando a vida de quem o recolherá em nossa porta.

É meus caros, já vivi bastante, mas o resto de vida a qual ainda tenho direito, quero vivê-lo deixando a minha marca de cidadão sustentável, com um comportamento ético, sensível, que contribua com a qualidade de vida na terra e que zele pela sustentabilidade neste planeta.

Até a próxima e te convido a refletir sobre qual será a sua contribuição.

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ubiraney.silva
postado em 08/10/2024 06:06
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