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O deleite das compras online

Do clique ao pacote na porta, o consumo mudou de vitrine, mas continua refletindo mais sobre nós do que gostaríamos de admitir!

O deleite das compras online -  (crédito: Uai Turismo)
O deleite das compras online - (crédito: Uai Turismo)
O deleite das compras online (Foto: Mediamodifier/ Pixabay)

Outro dia, já pensando no Natal, percebi que já não sei quando foi a última vez em que fiquei parado em frente a uma vitrine de vidro, escolhendo com calma e decidindo se entrava ou não na loja.

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Hoje, a vitrine cabe na palma da mão. O brasileiro, esse ser criativo e adaptável, descobriu que o “arrasta pra cima”, o “adicionar ao carrinho” e o “finalizar compra” são os novos rituais do consumo.

E cá entre nós, quem nunca se pegou navegando sem rumo, apenas para “dar uma olhadinha”, e acabou com um pacote chegando em casa dois dias depois? A internet transformou o consumo em algo democrático e veloz. É uma facilidade um tanto sedutora!

Plataformas de vendas, marketplaces e aplicativos se tornaram a feira livre moderna onde encontramos de tudo, a qualquer hora, sem precisar encarar trânsito, estacionamento ou vendedores insistentes. No entanto, essa facilidade exige seriedade das empresas que atuam no setor. Um clique pode levar à satisfação imediata ou à frustração sem tamanho.

Daí a importância da confiança! uma descrição clara do produto, prazo de entrega definido e respeitado, suporte ao cliente eficiente e a segurança da chegada dos produtos adquiridos. No mundo digital, credibilidade é o atributo, que separa o lojista de sucesso do aventureiro de ocasião.

E os preços? Estes ficam mais acessíveis não por milagre, mas porque a internet encurta caminhos, sem os altos custos de aluguel de espaços físicos, manutenção de equipes numerosas ou simplesmente, enfrentar intermediários, por isso, é que muitas empresas conseguem repassar essa economia ao consumidor.

Promoções relâmpago, cupons e programas de fidelidade também ajudam a seduzir o bolso e o clique. Impressionante perceber, como ficamos embevecidos em frente uma tela de celular. As estratégias de venda e os métodos de “fisgar” os clientes, aparentemente, são infalíveis. Consumimos cada vez mais!

Interessante também, notar que, os estudos apontam a faixa etária de 25 a 40 anos como a mais consumista no comércio eletrônico. É a geração que nasceu no analógico, mas amadureceu junto com a internet e já não estranha colocar os dados do cartão em um aplicativo, fato que, quando faço, sofro muito, acreditando em um eventual golpe que pode estar em curso.

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Quando olhamos para o recorte de gênero, as mulheres aparecem com força na dianteira das compras, especialmente em segmentos como moda, beleza, artigos para casa e educação. Já os homens, em contrapartida, lideram em eletrônicos, games e produtos de tecnologia.

Mas, o perfil dominante é de jovens adultos conectados, seres multitarefas, que mesclam trabalho, lazer e consumo sem sair do sofá, compram muito e chega tudo certinho.

A facilidade é tanta, que compram do tempero para o almoço, até a cerveja para o churrasco do fim de semana, roupas, perfumes prediletos, remédios e utensílios e ainda propagam as promoções nos grupos de amigos e de família, por meio das redes sociais.

No fim das contas, comprar online deixou de ser novidade e rapidamente, virou hábito!

Mas, como em todos os “corres” do dia a dia, ainda vale a lembrança de que por trás de cada “comprar agora” existe uma relação de confiança, que precisa ser cultivada, tanto quanto o desejo de ver a campainha tocar anunciando a chegada do próximo pacote.

Como bom mineiro e, portanto, muito desconfiado, lembro aqui, que é preciso cuidado com os extremos. Crianças e adolescentes, por exemplo, muitas vezes seduzidos por jogos online ou influenciadores digitais e podem gastar sem perceber, pesando sobremaneira o orçamento familiar. Outro risco, os idosos, nem sempre familiarizados com os detalhes de segurança, acabam expostos a golpes ou cobranças indevidas.

Nessas situações, as dores de cabeça variam, desde a fatura estourada do cartão até o transtorno de tentar cancelar uma compra indesejada ou correr atrás de um reembolso. Por isso, chamo a atenção para a importância do controle e da orientação.

Cabe aos pais e/ou tutores, monitorar acessos e limitar cartões vinculados a contas de menores, e claro, em família, conversar e auxiliar os mais velhos sobre os riscos e cuidados básicos.

Para nossa proteção, existem recursos valiosos, os canais de atendimento das próprias plataformas, os aplicativos de monitoramento de gastos, bloqueios automáticos do banco, além dos Procons, que ainda são um porto seguro quando o diálogo com a empresa não desenvolve.

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São tantas facilidades e armadilhas aos quais estamos expostos atualmente, que o consumo online se revela como um espelho da nossa própria rotina, que queremos agilidade, praticidade, mas sabemos que é um ambiente cheio de nuances que exigem atenção.

Muito importante sabermos celebrar a comodidade sem perdermos de vista a responsabilidade, equilibrarmos o impulso com o discernimento e lembrar que, por trás de cada clique, há escolhas que impactam não só o bolso, mas também a forma como nos relacionamos com o mundo.

Que a tecnologia continue sendo aliada, e não vilã, nessa jornada de consumo consciente, constante e sempre conectado.

Juízo aí nos seus cliques!

Até a próxima.

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postado em 18/10/2025 06:25
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