
Os vestígios do Império Romano, uma das maiores civilizações da história, seguem vivos em Portugal, na região do Alentejo. Durante mais de sete séculos, do século III a.C. ao século IV d.C, os romanos moldaram o território português, deixando um legado profundo que se manifesta até hoje na cultura, na arquitetura e no cotidiano local.
No Alentejo, essa herança pode ser vista em sítios arqueológicos de rara beleza e importância histórica, que revelam como a civilização romana prosperou e deixou marcas duradouras na paisagem portuguesa.
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Os Tesouros Romanos do Alentejo
Confira alguns dos pontos de visitação mais importantes que transformam o Alentejo em um verdadeiro museu a céu aberto:
Templo Romano de Évora
Localizado no coração da cidade de Évora, este é o maior monumento romano do Alentejo e um dos mais emblemáticos e bem preservados de Portugal. Suas colunas de mármore de estilo coríntio estão assentadas sobre uma base elevada no centro histórico, compondo um cenário icônico reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial. É a principal atração turística de Évora junto com a Capela dos Ossos.
Cidade Romana de Miróbriga
Perto de Santiago do Cacém, as ruínas da antiga Mirobriga Celticorum revelam uma próspera vila que floresceu entre os séculos I e IV. O destaque fica para o único hipódromo remanescente em Portugal com a planta completa intacta, além de um fórum e duas casas de banho com um sofisticado sistema de aquecimento, um impressionante exemplo da engenharia e do estilo de vida romano.
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Vila Romana dos Pisões
Descoberta acidentalmente em 1967, esta vila foi um importante centro de abastecimento de Beja. O local exibe mais de 40 cômodos, mosaicos artísticos com desenhos complexos, um balneário privado e até vestígios de uma vinícola, refletindo o requinte e o poder econômico de seus antigos proprietários.
Ruínas Romanas de Tróia
Às margens do Rio Sado, bem próximo ao centro de Tróia, este sítio arqueológico é um testemunho da intensa atividade industrial da época. Entre os séculos I e VI, abrigou o maior centro de salga de peixe do Império Romano, onde era produzido o famoso garum, um condimento de alto valor na época. As ruínas, que abrangem diversas construções do período, são classificadas como Monumento Nacional desde 1910.
Cidade Romana de Ammaia
No coração do Parque Natural da Serra de São Mamede, encontra-se esta cidade fundada no século I e habitada até meados do século V. O sítio arqueológico, também Monumento Nacional desde 1940, preserva partes das muralhas, do fórum e das vias originais, além de contar com um museu que exibe artefatos encontrados nas escavações.
Villa Romana de São Cucufate
Um dos tesouros arqueológicos romanos mais bem preservados do mundo, este complexo impressiona pela grandiosidade e conservação, abrigando uma mansão, termas e áreas agrícolas. Foi habitado até a invasão bárbara e, posteriormente, transformado em mosteiro cristão. O sítio arqueológico está em Vila de Frades, perto de Vidigueira.
Vila Ribeirinha de Mértola
Esta vila foi um importante porto romano, que ligava o Alentejo aos centros comerciais do Mediterrâneo Oriental. Vestígios do fórum foram encontrados no castelo, e as ruínas de uma casa romana, com objetos que ilustram a vida na época, foram transformadas em um museu na câmara municipal. A vila abriga também uma necrópole romana com túmulos escavados na rocha, sobre a qual foi construída, no século 16, uma ermida que hoje funciona como museu arqueológico.
Outros vestígios espalhados pelo Alentejo
Além desses grandes complexos, pontes como a de Vila Formosa, a calçada romana de Torrão e o mosaico romano de Alter do Chão reforçam a presença constante e marcante de Roma por toda a região.
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