
Findando novembro, abrimos a nova semana, saudando o mês de dezembro, o período que encerra o ano que corre, no entanto, um mês intenso, repleto de atividades e funciona também como um período de preparação para uma nova fase.
Em dezembro, costumeiramente, fechamos ciclos e planejamos nossos próximos passos, rogando por certezas, fé, prosperidade e vitórias. Mesmo sabendo que virão mais 12 meses de atividades intensas, nos amparamos esperançosos, nas palavras, nos abraços e nas celebrações de encerramento de ano, para nos encorajarmos para mais uma etapa de nossas vidas.
A segunda quinzena de dezembro, nos induz a uma preparação mais intensa, para as comemorações do Natal, para as festas, confraternizações, encontros e muita alegria, no entanto, é muito saudável, pensarmos no Natal, como um tempo especial para reflexões internas e para uma reconexão com o sagrado, com o divino!
O Natal segundo o evangelho de Lucas
O tempo de Natal sempre chega como um sopro de esperança que atravessando os séculos. E quando revisitamos os relatos do Evangelho de Lucas, percebemos que essa esperança não nasceu apenas em um estábulo em Belém, mas uma esperança que começou a brilhar bem antes, como uma chama acesa no coração da humanidade.
Tudo se inicia em Lucas 1,5–25, quando o silêncio dos céus é rompido pela promessa do impossível. Zacarias, um homem justo, e Isabel, estéril e avançada em idade, recebem do anjo Gabriel o anúncio de que terão um filho, João Batista.
Quando tive essa percepção de entender o tempo de Natal, na perspectiva bíblica, confesso que me renovei espiritualmente e passei a dedicar um novo olhar a este pedacinho do calendário, que realmente é muito especial. No Evangelho de Lucas, citando a natividade, não se trata apenas do nascimento de uma criança, mas o reacender de uma expectativa antiga.
João Batista virá como precursor, aquele que prepara os caminhos, que devolve ao povo a capacidade de esperar pelo Messias. É como se o Advento começasse ali, no espanto de Zacarias e no ventre adiante do tempo de Isabel, lembrando-nos de que Deus gosta de escrever seus milagres onde a humanidade já não espera mais nada.
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É a sinalização, de que a natividade nos prepara para um tempo sagrado, divino e realmente especial. Pela Bíblia, em seguida, em Lucas 1,26–38, a história dá um salto do templo para uma pequena casa em Nazaré. A jovem Maria recebe também a visita de Gabriel, mas desta vez o anúncio é ainda maior, ela traria ao mundo o próprio Filho de Deus.
O diálogo entre o anjo e a jovem virgem, é delicado e ao mesmo tempo grandioso. Duas realidades que se encontram, a fragilidade humana e o infinito divino.
E Maria, com um simples e eterno “Faça-se em mim segundo a tua palavra”, inaugura o maior gesto de fé da humanidade, com sua aceitação. No Natal, nem sempre percebemos, mas celebramos também essa coragem silenciosa de Maria, que transforma destinos.
Então chegamos ao grande momento, em Lucas 2,1–20, descrevendo o cenário onde a salvação decide repousar. Não é no palácio, não é entre riquezas, não é cercada por privilégios, mas em uma manjedoura, em Belém, entre animais, simplicidade e estrelas.
O menino Jesus nasce como luz para todos, e essa luz se revela primeiro aos humildes, os pastores, que recebem dos anjos o anúncio mais festivo de todos os tempos, “Hoje nasceu para vós o Salvador!” O céu canta, a terra se alegra, e naquela cena mundialmente representada mundo afora pelos presépios, pastores correm para ver o recém-nascido.
Ali, no encontro entre o humano e o divino, o Natal se torna para sempre celebração, memória e promessa. Independente do dia da semana em que caia o Natal no calendário, aquela noite, de alguma maneira, nos toca, nos transforma e nos faz especiais.
Tempo de esperança
Assim, conhecendo o Natal narrado por Lucas, entendi, que tudo isso, é mais do que uma data. É um movimento histórico de esperança, é o extraordinário transformando o ordinário, é a fé vencendo o impossível.
O Natal é humanidade, é Deus entrando na história pela porta da simplicidade e todos os anos, quando chega o tempo de Natal, nós somos convidados a reviver esse mistério luminoso, preparar o coração como João, acolher como Maria e celebrar como os pastores, porque, no fundo, o Natal continua sendo isso, a certeza de que a luz nasce sempre, mesmo quando o mundo parece escuro.
Hoje, não temos muito o que falar. Aproveite este dezembro para se conhecer melhor, para entender o seu papel em sua família, em seu trabalho, em seu grupo de amigos e no mundo de forma geral.
Permita que o tempo de Natal te transforme e abra o coração para o novo, para o simples e para o próximo. Aproveite as festas, confraternize com as famílias e os amigos, mas lembre que todos nós podemos ser, de alguma forma, a manjedoura que acolherá o cristo, que quer e que pode estar conosco o tempo todo, é só você permitir!
Até a próxima.
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