
Viajar deixou de ser apenas conhecer lugares. Cada vez mais, o novo viajante quer pertencer, quer deixar algo bom por onde passa. A nova tendência aponta para o turismo regenerativo: um movimento que não se contenta apenas em ser sustentável, mas que busca ativamente restaurar, inspirar e fortalecer os territórios visitados. No coração do centro histórico de Paraty (RJ), esse conceito ganhou um nome e um endereço charmoso: o Quadrado Mágico.
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Entre as icônicas ruas de pedra e a arquitetura colonial da cidade, um quarteirão inteiro se transformou em um verdadeiro ecossistema afetivo e autoral. Idealizado por Sandi Adamiu, fundador do Sandi Hotel, o Quadrado Mágico reúne uma teia de projetos independentes, mas conectados por um propósito comum: celebrar Paraty e gerar um impacto positivo local. O espaço abriga empreendimentos como os restaurantes Pupus e Fugu Japanese Food, a sorveteria artesanal Miracolo Gelateria, o Shambhala Spa, a Cerâmica Foz, a Galeria ao Quadrado e a Néctar Experience.
Mais do que uma soma de empreendimentos, o Quadrado funciona como um organismo vivo. A madeira vem de fornecedores locais, os ingredientes são cultivados na região, os artistas são paratienses e o cuidado está em cada detalhe, do design à hospitalidade. Tudo se integra em uma lógica de economia circular e de respeito ao território. Segundo Sandi Adamiu, a meta nunca foi apenas o crescimento individual, mas sim crescer junto com a cidade. Embora cada local tenha autonomia criativa, todos compartilham o mesmo compromisso com a história e a comunidade de Paraty.
O projeto estende seu impacto para além das portas dos estabelecimentos, apoiando a cultura e o meio ambiente local. Entre as iniciativas, o projeto oferece suporte à Orquestra Sinfônica de Paraty, a grupos de dança e a toda a cadeia produtiva de vieiras cultivadas por comunidades caiçaras, além de promover ações ambientais e educacionais em escolas públicas.
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O Quadrado Mágico representa o que há de mais atual no turismo contemporâneo. Um modelo em que o viajante é convidado a participar, cuidar e sentir-se parte de algo maior. A viagem, assim, deixa de ser uma fuga e se torna uma ação de regeneração.
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