Cultura

Quando o ano se despede

Dezembro encerra ciclos pessoais e coletivos, abrindo espaço para reflexões sobre família, finanças, convivência e o futuro do país. Venha entender como entre balanços silenciosos e expectativas contidas, o brasileiro revisita afetos, escolhas e esperanças enquanto um novo ano se anuncia.

Quando o ano se despede -  (crédito: Uai Turismo)
Quando o ano se despede - (crédito: Uai Turismo)
Quando o ano se despede (Foto: Mohamed Hassan/ Pixabay)

Os últimos dias do ano, em qualquer roda familiar ou de amigos, acabamos comentando e contextualizando o comportamento do brasileiro em relação ao ano que termina e as expectativas para o ano que chega.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Observo, que são consenso os aspectos das relações familiares, da vida financeira, do aproveitamento de oportunidades, das relações interpessoais e do que se espera para um país, que passará pela efervescência de uma copa do mundo e por uma grande eleição, na qual o futuro do país pode ser traçado para o bem e para o mal, independente de correntes políticas.  

A verdade é que o fim do ano chega sempre com um certo silêncio interior. Mesmo com o barulho das ruas, das confraternizações e das mensagens que se acumulam no celular, algo dentro da gente pede pausa. Faz bem planejar o novo ano e o brasileiro tem esse hábito bonito de olhar para trás quando dezembro se aproxima do fim.

Não é um balanço contábil, mas um balanço de vida.

A gente revisita encontros e relembra ausências, aproveita e conta vitórias pequenas, que só quem viveu entende. Importante também é reconhecer os erros, alguns ensinam, alguns deles doem, mas faz parte, a vida corre é assim. Quando o ano termina nunca é só calendário, ele se vai, carregado de histórias.

Nas relações familiares, o fim do ano costuma, na maioria das vezes, apertar o coração. É o tempo de mesa cheia e para muitos, da falta dela.

Fim de ano, é período de abraços longos, de saudades que não cabem em palavras. Nós brasileiros, valorizamos esses momentos. Mesmo quem passou o ano distante tenta se reaproximar, no mínimo um telefonema, uma visita rápida. “Dezembro tem esse poder de reatar laços”, já dizia meu falecido e querido amigo Francisco Carlos.

LEIA TAMBÉM: Aparecida, onde a fé move montanhas e economia

A família segue sendo o porto possível, nem sempre perfeito, é verdade, mas é nela que muita gente encontra força para começar de novo. E como isso é importante!

No campo financeiro, o sentimento é misto. Alívio e preocupação caminham juntos para a maioria dos brasileiros. Contas fechadas às pressas, promessas de organização, planilhas abertas, ainda que em “pura cena””, mas o que vale é a esperança de dias mais leves. Brasileiros aprendem, ano após ano, a equilibrar o sonho com a realidade, somos um povo resiliente.

Os anos novos, sempre trazem expectativas. Um olhar mais atento para oportunidades. Seja um curso adiado, um negócio que ficou no papel, um projeto pessoal engavetado. Janeiro é a hora de acendermos essa chama, a ideia de que dá tempo, de que ainda é possível ajustar a rota.

O aproveitamento de oportunidades passa muito pelo estado de espírito. Quando a cabeça está pesada, tudo parece distante. Quando a esperança se instala, até o improvável ganha forma.

O brasileiro tem essa capacidade rara de reinventar caminhos. Por necessidade ou por ousadia, damos um jeito. Não nos falta coragem.

As relações interpessoais também entram sempre em revisão. Tem amizades que permanecem e tem as passageiras, chegam e se vão e tem as novas conexões que surgiram sem aviso, com possibilidades de permanecerem. O fim do ano ensina que tempo é seletivo, não é todo mundo que caminha com a gente por muito tempo e “tá tudo bem!”. Algumas pessoas chegam para ficar, outras para ensinar, outras apenas para passar.

E o Brasil? O que nos espera em 2026? O país também entra nesse balanço coletivo. O Brasil que chega a 2026 carrega desafios conhecidos, desigualdades persistentes, tensões políticas, que começaram no Natal com simples sandálias, desconfianças acumuladas, enfim! Eu quero mesmo, é um ano novo carregado de potência, com muita criatividade, bastante trabalho e claro, bastante dinheiro. Gente que acorda cedo e não desiste!

Ano que vem teremos uma Copa do Mundo. Um evento que mexe com o imaginário nacional, une desconhecidos em frente à televisão, transforma ruas em arquibancadas improvisadas. Será que seguiremos nessa pegada??

O futebol, com todas as suas contradições, ainda é linguagem comum. Ele suspende diferenças por noventa minutos, nos lembra que somos capazes de vibrar juntos.

Outro ponto importante é que teremos uma grande eleição. Um momento decisivo, não apenas pelo resultado, mas pelo processo, pelo diálogo, pelo respeito, pelo entendimento de que o futuro não se constrói no grito e nem no ódio.

Independentemente de correntes políticas, o país precisa amadurecer. É preciso ouvir mais. Politicamente, o Brasil está chato por demais! Muita gente querendo saber de tudo, isso não me cheira bem! O nosso voto é mais que direito, e um compromisso, é por meio dele, que cuidamos do amanhã.

LEIA TAMBÉM: Livro sobre a Rota Turística Jaguara será lançado no distrito de Acuruí

É meu povo, 2026 não promete facilidade. Na verdade, nenhum ano promete, mas 2026 pede serenidade, equilíbrio. Nosso papel é sermos conscientes. Vivamos mais conexões e com menos extremos. Talvez a maior expectativa seja essa. Que a gente consiga atravessar os próximos doze meses com mais calma. Com mais empatia. Com mais responsabilidade individual e coletiva.  

Que em 2026 a esperança não seja ingênua. Que a confiança não seja cega. Que a serenidade não seja omissão.

O ano termina e já o outro começa. E, como sempre, a vida segue em movimento. Entre erros e acertos, sonhamos e realizamos. Cabe a cada um de nós decidir como caminhar, somos nós é que decidimos, se vamos com pressa ou com propósito, com medo ou com coragem!

Eu sigo na minha linha de sempre, propósito e muito diálogo. Que venha 2026, estarei com os pés no chão e com o olhar adiante.

Feliz Ano Novo! Até a próxima.

Siga o @portaluaiturismo no Instagram e no TikTok @uai.turismo

  • Google Discover Icon
Uai Turismo
Ubiraney Silva - Uai Turismo
postado em 27/12/2025 06:07
x